O movimento drag queen atravessa décadas e barreiras frente às normas impostas pela sociedade, sendo figuras importantes dentro da comunidade LGBTQIAPN+. Conhecidas por suas performances extravagantes, maquiagens vibrantes e estilo único, para além do entretenimento, as drags desempenham um papel fundamental na quebra de estereótipos e na promoção da aceitação e inclusão.
Uma cena inusitada durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas 224 chamou a atenção e viralizou nas redes sociais, após diversas drag queens surgirem e uma mesa em um posicionamento similar ao quadro de Da Vinci.
Na ocasião, havia um DJ em cima da mesa. Ao centro, uma mulher que usava um adereço similar a uma auréola e fazia um coração com as mãos. Após isso, a cena foi seguida por um desfile de moda em cima da mesa ao som de música eletrônica onde homens, mulheres e drag queens desfilaram sobre a mesa enquanto outros assistiam.
VEJA O VÍDEO
🇫🇷🚨OLIMPÍADAS: “Santa Ceia LGBT em Paris”. Uma blasfêmia e heresia patrocinada pelos globalistas. 🤦♂️ pic.twitter.com/q5e9EgtsBL
— Marco Antônio Costa (@realmacosta) July 26, 2024
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Essas cenas foram intercaladas com muitas outras na cerimônia de abertura, mostrando outras imagens, que representavam uma pista de dança e, passagens de delegações pelo Rio Sena.
Após as imagens, a extrema-direita francesa ficou revoltada. Segundo informou o colunista do UOL, Jamil Chade, a sobrinha de Marine Le Pen, Marion Marechal, disse: " "A todos os cristãos do mundo que se sentem insultados pela paródia de drag queen, saibam que não é a França que fala. Mas uma minoria da esquerda pronta para toda provocação".
Outros representantes da extrema-direita chamaram a abertura de "sacrilégio" e "vergonha". As críticas se estenderam, além desta cena, para a diversidade exibida na abertura, como a apresentação da cantora Aya Nakamura. Nascida em Bamako, no Mali, ela imigrou com a família para o subúrbio parisiense de Aulnay-sous-Bois.
Nas redes sociais, internautas defenderam a cena e apontaram outras versões do quadro de Da Vinci. Eles mencionaram que os artistas ali presentes representam a diversidade.
VEJA
O problema nunca foi representar a Santa Ceia no entretenimento. O problema dessa gente é representar a Santa Ceia com pessoas LGBT+. O motivo? LGBTfobia
— Chris | Diversidade Nerd (@chrisgonzatti) July 27, 2024
Além disso, esse enquadramento da Santa Ceia nem existe na Bíblia. Foi pintado por um italiano que, pelo que tudo indica,… pic.twitter.com/ugrGV2jzyU
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