Em um tempo em que o debate sobre igualdade racial ocupa espaços centrais na sociedade, episódios de preconceito explícito ainda surgem de forma chocante e pública. Em pleno século XXI, atitudes que deveriam estar superadas continuam a expor feridas profundas do racismo estrutural no Brasil. Foi nesse contexto que uma jornalista acabou presa em flagrante durante a festa de formatura do próprio filho, no Rio de Janeiro.
A mulher foi detida na madrugada de sexta-feira (19), na região da Cidade Nova, após proferir ofensas racistas contra uma funcionária que trabalhava no evento. Ela foi identificada como Mônica da Mota Soares Malta, apontada como ex-editora do Jornal da Globo.

Leia mais:
- Dermatologista explica mudanças no rosto de Carolina Dieckmann
- Retorno do Musical de Natal "Um Anjo Veio Me Contar" em Belém
Segundo informações divulgadas inicialmente pela Band, a confusão começou quando a funcionária informou que o banheiro do espaço estava temporariamente fechado. Diante da negativa, a jornalista teria passado a ofender a trabalhadora. Um vídeo exibido pela emissora registra parte das agressões verbais.
Durante a discussão, Mônica fez declarações de cunho racial contra a funcionária e, de acordo com o relato da vítima, voltou a ofender outros trabalhadores que se aproximaram do local para conter a situação.
Quer receber mais notícias de fama? Acesse o canal do DOL no WhatsApp!
“Uma preta não quer que eu faça xixi. Estou cansada disso. Eu sou branca, ela é preta e acha que eu não posso entrar”, disse a jornalista durante a discussão com funcionários.
Segundo a vítima, a jornalista ainda disse que a "a macacada toda se reuniu", após outros funcionários se aproximarem do local. Diante da gravidade das falas, a Polícia Militar foi acionada e todos os envolvidos foram encaminhados à delegacia.
Na unidade policial, a jornalista afirmou que havia consumido bebida alcoólica em conjunto com medicamentos controlados, o que, segundo ela, teria provocado uma reação adversa. Em depoimento, disse não se lembrar exatamente do que falou, declarou estar envergonhada e pediu perdão pelo ocorrido. Um laudo psiquiátrico foi anexado ao processo.
Em nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que o caso foi registrado na 19ª Delegacia de Polícia (Tijuca) e segue sob investigação.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar