Monica Iozzi comentou detalhes do processo que sofreu do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e explicou por que não aceitou fazer um acordo financeiro no meio dos trâmites legais. As declarações aconteceream no programa  “Conversa com Bial” da quarta-feira (12).

 “Não tinha por que, eu lembro de ter uma sensação real de que não falei nada de errado. Foi um post”, lembrou a atriz, referindo-se a uma postagem que fez no Instagram.

“O ministro deu um habeas corpus para o médico Roger [Abdelmassih], condenado a mais ou menos 200 anos de prisão porque teve 40 estupros comprovados. Eu, como mulher… Aquilo me indignou de uma maneira… E foi na mesma época que surgiram casos de estupros coletivos. As mulheres passando por tantas coisas, meninas sendo estupradas, o ministro vai e dá habeas corpus para esse cara? Então, você vendo uma situação daquelas… Não me contive, fiz o post.”

O processo aberto por Gilmar Mendes foi por calúnia e difamação. Segundo Monica, ele chegou a sugerir que ela apagasse o post, fizesse um novo de retratação se desculpando, com a mesma visibilidade, e doasse R$ 15 mil em cestas básicas para uma instituição de caridade de Brasília. Ela se recusou.

“Li aquilo e falei ‘Não!’. Perdi o processo, R$ 30 mil, mais as custas, deu R$ 38 mil. Não sou rica, R$ 38 mil não é nem de longe pouco dinheiro para mim, mas se tem coisas que você tem certeza, vai até o fim”, disse. “Eu vendo meu apartamento, mas não faço acordo com esse homem. Não é justo o que ele fez.”

A argumentação que a declarou culpada deixou Monica surpresa. “A justificativa do juiz que me condenou foi que me pegou. Foi a seguinte: ‘Monica Iozzi, como figura pública, tem de usar sua liberdade de expressão com responsabilidade’. A palavra liberdade já não deixa claro que você pode se expressar como quiser? A menos que esteja sendo preconceituoso, cometendo um crime, como racismo?”, questionou.

As informações são do site M de Mulher. 

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