A música paraense tem ganhado cada vez mais espaço no cenário musical. Esse reconhecimento também tem se direcionado à dança. Um exemplo disso é o jovem paraense, Nilton Siqueira, que vem contagiando, paulistas e paulistanos, com os ritmos de sua terra natal. 

O dançarino, de apenas 23 anos, iniciou a carreira em 2011, com o estilo "free step". Em 2014, o jovem decidiu trabalhar e investir em estudos com as danças urbanas, que é o estilo no qual Nilton tem trabalhado atualmente, dando atenção especial ao Hip Hop comercial. 

Em seu currículo, o jovem carrega uma série de experiências com artistas locais, dançarinos e cantores paraenses, chegando a coreografar, durante um período, a banda Mizerê. Outro destaque em sua carreira foi a participação no grupo de dançarinos da cerimônia de abertura da Copa América 2019 e na #AFinalImperdivel evento promovido pela empresa Heineken na final da UEFA Champions League.

E não para por aí. O dançarino também já teve experiências no mundo do sertanejo, dançando com a dupla Maiara & Maraisa. Atualmente, o jovem faz parte da equipe técnica como bailarino de funk para a cantora e youtuber Dani Russo. 

"A dança é a minha principal forma de expressão e minha única profissão, utilizo através do entretenimento para atingir voos maiores", declarou. 

O paraense, que é um dos idealizadores do projeto "Apenas Dance", tem mostrado o seu talento e o amor pela dança em vídeos publicados nas redes sociais. Apesar de parecer algo simples, o processo de criação de uma coreografia pode demorar meses, como conta o dançarino. 

 

"Todo o processo criativo geralmente é pensado por mim e o coreográfico também. Semanas a as vezes até meses de estudo para uma coreografia ser colocada no ar", ressalta Nilton.

Poder representar o estado do Pará em outro estado e levar os ritmos paraenses para o Brasil e o mundo é motivo de orgulho para o dançarino. "Me sinto muito honrado e orgulhoso em poder contribuir para o cenário da dança paraense. As dificuldades em São Paulo são tamanhas devido o mercado ser muito competitivo, mas aos poucos venho ganhando meu espaço aqui. Meus próximos passos são pensados em uma carreira nacional e, ainda levar a cultura paraense para outros lugares", destacou.

Além das técnicas de danças urbanas, o jovem também conta que a famosa "tremidinha", uma das principais características do tecnobrega, se tornou uma das mais pedidas pelo público. E se tem algo que não pode faltar nas apresentações, é o uso de camisas de times paraenses. "Rola uma grande identificação, sinto que as pessoas apreciam, além do material da dança, o ritmo, também. Elas se sentem felizes até mesmo quando eu uso uma camisa de um time local", revela o artista.

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