Mesmo depois de iniciativas para expor os poderosos de Hollywood e da indústria de entretenimento, R. Kelly parecia continuar intocável. O rapper recebeu várias acusações de aprisionar mulheres e abusar delas de diversas formas, desde estupro até privação de comida. O americano também é alvo de denúncias de pedofilia.

Em 2017, a história de Kitti Jones, uma das mulheres aprisionada no “culto” de R. Kelly, se tornou conhecida em uma extensa entrevista para a Rolling Stone. No último mês, outras duas jovens se pronunciaram sobre terem sido vítimas dele e o repúdio do público virou a campanha online #MuteRKelly.

Na internet, pessoas se mobilizaram e pediram para plataformas de música e rádios pararem de promover o trabalho do rapper. A página oficial do movimento relata todos os abusos sexuais, físicos e emocionais cometidos por R. Kelly em uma linha do tempo e em longas páginas listando por que é necessário parar de divulgar as canções do americano.

Com o apoio das redes sociais, a campanha cresceu e o Spotify respondeu. Na última semana, a plataforma lançou sua nova política contra conteúdo de ódio e falou com a Billboard a respeito do que vai acontecer com as músicas do rapper.

“Estamos removendo as músicas de R. Kelly de todas as playlists criadas e comandadas pelo Spotify e de recomendações feitas por algoritmos, como o Descobertas da Semana. O trabalho dele continua disponível no serviço, mas o Spotify não vai promovê-lo de forma ativa. Não censuramos conteúdo pelo comportamento do artista, mas queremos que nossas decisões editoriais reflitam nossos valores. Quando um criador faz algo especialmente nocivo ou de ódio, isso pode impactar como trabalhamos ou apoiamos o artista”.

O responsável pelos conteúdos do Spotify Jonathan Prince liberou sua própria resposta apoiando a decisão da empresa e reforçando a nova política. “Quando um artista faz algo fora da plataforma, mas é tão fora da nossa linha de valores, isso se torna uma coisa com a qual não queremos nos associar”.

Fonte: Metropoles

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