"Inimigo das dancinhas" encerrou carreira de pai de Haaland

Ex-jogador e atual comentarista esportivo, Roy Keane criticou as comemorações com "dancinhas" feitas pelos jogadores da Seleção Brasileira na vitória sobre a Coreia do Sul, pela Copa do Mundo de 2022. A declaração ganhou força nas redes, e não demorou muito para que alguns torcedores relembrassem um momento impactante protagonizado pelo irlandês com o pai de Erling Haaland.

O lance em questão ocorreu em 2001. Roy Keane defendia as cores do Manchester United - clube no qual é considerado um ídolo-, enquanto Alf-Inge Haaland atuava pelo rival Manchester City.

Em partida válida pela 34ª rodada da Premier League, Keane deu uma entrada violenta em Haaland pai. O ex-volante acertou em cheio um chute com as travas da chuteira no joelho do norueguês, sendo imediatamente expulso após o lance - de quebra, ainda foi suspenso por três jogos e multado em 5 mil libras.

"O joelho ainda dói, isso nunca vai passar. Só tenho que aceitar. Se aquela entrada terminou minha carreira? Bem, eu nunca mais joguei uma partida inteira, não é? Parece uma grande coincidência, não acha? Talvez ele (Roy Keane) tenha algo a ver com isso", disparou Haaland, que teve os ligamentos do joelho rompidos, e encerrou sua carreira em 2003, pouco tempo após a entrada.

Em sua autobiografia, publicada um ano depois do ocorrido, o irlandês revelou que a "voadora" foi proposital e que se tratava de uma vingança. Após Keane admitir sua intenção, a Federação Inglesa aplicou novas punições: cinco jogos de suspensão e multa de 150 mil libras.

"Havia esperado muito tempo por isso. A bola estava lá e eu poderia disputá-la, mas fui em cima dele. 'Tome, seu idiota, e nunca mais diga que estou mentindo'. Era para que ele nunca mais falasse que eu fingia lesões. Não me arrependi, nem depois do jogo. Mandei tudo à merda. O que vai, volta. Minha atitude foi olho por olho", escreveu Keane.

A motivação do ex-atleta veio de uma partida em 1997, quando Keane, ainda pelo United, enfrentou Alf-Inge Haaland, à época no Leeds. Na ocasião, quem levou a pior foi Roy Keane, que rompeu os ligamentos do joelho e ficou afastado dos gramados por um ano após dividida com o norueguês. O pai do atual camisa 9 do City ainda disse que o irlandês estava simulando a falta.

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