A funcionária que acusa de assédio sexual e moral o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Rogério Caboclo, acrescentou dois nomes ao caso investigado pelo conselho de ética da entidade. De acordo com ela, há duas outras mulheres vítimas do comportamento do dirigente.

A inclusão dos nomes, noticiada inicialmente pelo UOL, não significa que essas duas funcionárias tenham denunciado ou vão denunciar o cartola, que nega ter cometido abusos e reitera sua inocência. Ele foi afastado por 30 dias de suas funções na confederação para apresentar sua defesa.

Não são crimes o que investiga o conselho de ética da CBF. O órgão checa se houve violações ao código da entidade e por isso determinou o afastamento, no último domingo (8). Assim, assumiu interinamente a presidência Antonio Carlos Nunes, 82, por ser o vice-presidente mais velho.

Se o inquérito levar à destituição de Caboclo, Nunes terá de convocar uma nova eleição. Nesse caso, só poderão concorrer os atuais oito vice-presidentes da confederação. No momento, o retorno do presidente afastado é considerado altamente improvável.

O processo de desgaste do dirigente teve participação importante dos jogadores da seleção brasileira, que não têm boa relação com ele. A comunicação sobre a transferência da Copa América para o Brasil, malfeita segundo os atletas, ampliou a distância.

O técnico Tite ficou do lado do grupo, que chegou a ameaçar um boicote ao torneio sul-americano. Assim que Caboclo foi afastado, a ameaça foi deixada de lado, o que decepcionou quem imaginava que a questão, em meio à pandemia de Covid-19, fosse sanitária.

A funcionária da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que acusou o presidente da entidade, Rogério Caboclo, de assédio sexual diz que outras mulheres também foram vítimas do comportamento machista do dirigente. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

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