Uma ação polêmica na justiça está tirando o sono do técnico da seleção brasileira. Ao saber de que a seleção é a única equipe nacional na Copa América a não ter nenhum jogador inscrito na competição com a camisa de número 24, o Grupo Arco Iris de Conscientização Homossexual resolveu entrar com com uma ação na 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, na última segunda-feira (28), contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), questionado a entidade sobre a ausência do número entre os convocados por Tite.
"Esta postura que aparenta ser mesmo uma política discriminatória está presente no futebol brasileiro e impede e dificulta que jogadores possam exercer livremente os seus direitos e acabam por não assumirem as suas orientações sexuais por medo de represálias e de perdas de oportunidades na carreira", diz trecho da ação.
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Assim, o grupo pede que a Justiça determine que a CBF responda, em até 48 horas após receber a intimação, aos seguintes questionamentos:
- A não inclusão do número 24 no uniforme oficial nas competições constitui uma política deliberada da interpelada?;
- Em caso negativo, qual o motivo da não inclusão do número 24 no uniforme oficial da interpelada?;
- Qual o departamento dentro da interpelada, que é responsável pela deliberação dos números no uniforme oficial da seleção?;
- Quais as pessoas e funcionários da interpelada, que integram este departamento que delibera sobre a definição de números no uniforme oficial?;
- Existe alguma orientação da FIFA ou da CONMEBOL sobre o registro de jogadores com o número 24 na camisa?
De acordo com a comunidade, o Brasil contém altas taxas de violência contra a população LGBTI+, sendo este cenário alarmante com relação às violações de direitos dessa população. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, no Relatório Sobre a Situação de Direitos Humanos no Brasil de 2021 afirmou que o Brasil possui um grande desafio quanto à defesa e promoção dos direitos dessa população.
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