Em um jogo em que as duas equipes criaram poucas chances de gol e o dono da casa nem sequer atacou, Palmeiras e Atlético-MG empataram em 0 a 0 a primeira partida semifinal da Copa Libertadores nesta terça-feira (21), no Allianz Parque. Os rivais voltam a se enfrentar na próxima terça (28), no Mineirão. Quem vencer se classificará para a decisão em Montevidéu, em 27 de novembro. Empate em 0 a 0 leva a definição para os pênaltis. Igualdade com gols classifica o Palmeiras.
O confronto foi equilibrado nos primeiros 25 minutos, mas não no bom sentido da palavra. Palmeiras e Atlético-MG morriam de medo de sofrer o gol. Com o passar do tempo, os visitantes perceberam que o adversário não fazia questão nenhuma de tomar a iniciativa. Foi quando resolveu tomar a iniciativa.
Se o Atlético teve maior volume até o intervalo, não conseguiu construir muitas chances de gol. Mas teve uma que poderia ser preciosa no panorama do confronto. Hulk cobrou pênalti sofrido por Diego Costa. Chutou na trave aos 41.
⚽️❌ Um lance capital! No primeiro tempo, Hulk teve a chance de marcar para o @Atletico, mas cobrou o pênalti na trave.
— CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) September 22, 2021
🏆 Tudo igual na primeira semifinal da CONMEBOL #Libertadores entre Galo e @Palmeiras. pic.twitter.com/axpnENikLj
Em nenhum momento da etapa inicial o Palmeiras ameaçou. Mesmo quando tinha o contra-ataque e poderia explorar a velocidade de Rony ou Dudu, não o fez. Em parte, porque eram dois (às vezes, um) atacantes palestrinos contra cinco ou seis adversários. Mas também porque havia excesso de erros de passe. Especialmente de Marcos Rocha.
A única defesa de Everson foi em um arremate de Rony. Tão fraco, tão fraco, que o goleiro não se deu ao trabalho nem sequer de se abaixar para segurar a bola com as mãos. Defendeu com o pé mesmo. Quem mais sofreu no esquema palmeirense foi Luiz Adriano. Atacante de finalização, com presença de área e habilidade, ele não recebeu nenhum passe em boas condições. Na maioria do tempo, simplesmente não recebeu. Zé Raphael só viu a bola passar por cima da sua cabeça, sempre pelo alto.
Não que o Atlético tenha sido muito mais ofensivo, mas controlou as ações e sempre teve maior posse. Quando o Palmeiras ameaçava sair, os mineiros tinham uma linha de cinco no meio-campo e dificultavam qualquer penetração adversária. Mas quem decide em casa costuma ter a prerrogativa de imaginar que a cautela como visitante é o melhor caminho.
Para responder a isso, quando o alvinegro se aproximava da área, o time alviverde tinha uma linha de sete defensores. Era impossível entrar. A única novidade no início do segundo tempo foi o Atlético ter perdido uma das suas principais peças de ataque com a lesão muscular de Diego Costa. Ele foi substituído por Keno, ex-Palmeiras. Um indicativo da qualidade do elenco de Cuca é Keno, atacante que seria titular na maioria dos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, ser reserva em sua escalação.
Em seguida, Abel Ferreira resolveu mudar seu setor ofensivo também, mas por critérios táticos e técnicos. Luiz Adriano deu lugar a Deyverson, um centroavante mais voluntarioso, brigador e com capacidade para ajudar na marcação. Com perfil maior para o tipo de partida que era disputada no Allianz Parque e para a proposta palmeirense. No Mineirão, daqui a sete dias, algum dos dois times terá de, pelo menos, acertar um chute no gol. Nem que seja nos pênaltis.
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