Já classificado, o Brasil manteve sua invencibilidade nas Eliminatórias. A Argentina adiou por mais algumas rodadas uma vaga para a Copa do Mundo que parece inevitável.
Em uma partida com mais marcação e luta do que técnica, as duas seleções empataram em 0 a0 nessa terça-feira (16), no estádio Bicentenário em San Juan. O Brasil manteve a liderança com 35 pontos. São 11 vitórias e dois empates até agora. Lionel Messi teve 90 minutos apagados.
A Argentina ocupa o segundo lugar, com 29, e também está próximo de ser um dos quatro classificados da América do Sul para o torneio no Qatar, em 2022. O quinto colocado vai disputar repescagem contra equipe de continente ainda a ser determinado pela Fifa.
A seleção brasileira manteve também outra invencibilidade. A última derrota diante do seu maior rival em eliminatórias aconteceu em 2005, nas qualificatórias para a Copa do ano seguinte, na Alemanha. Em Buenos Aires, Riquelme e Crespo brilharam e a alviceleste ganhou por 3 a 1.
O primeiro tempo foi definido pelo nervosismo. A necessidade de afirmação da Argentina e a presença de jogadores como Matheus Cunha, Vinicius Junior e Fabinho (que buscam vaga como titulares) tornou a partida brigada. Às vezes, de forma excessiva.
Otamendi deveria ter sido expulso ao acertar uma cotovelada no lábio de Raphinha aos 34 minutos. O uruguaio Andres Cunha consultou o VAR e mandou a partida seguir. O brasileiro ficou com a boca sangrando. O árbitro de vídeo era comandado por Esteban Ostojich. Ele apitou a final da Copa América deste ano, no Maracanã, vencida pela Argentina.
Não é de hoje que o uso do VAR causa problemas nos confrontos entre as duas seleções. Na semifinal do torneio continental de 2019, no Maracanã, a Argentina reclamou muito de dois pênaltis não marcados. Um deles sofrido pelo mesmo Otamendi. O outro, na sequência, deu origem ao segundo gol brasileiro, que se classificou para a final.
Após a partida, Lionel Messi disse que o torneio estava definido com antecedência para o título do Brasil.
As quedas, reclamações e trombadas fizeram parte dos primeiros 45 minutos. Os únicos lances plásticos foram chute do meio-campo de Matheus Cunha que quase surpreende o goleiro Dibu Martínez e o drible de Ángel Di María, que enfiou uma bola por entre as pernas de Vinicius Junior.
Foi o atacante brasileiro, substituto de Neymar, quem teve a única chance real de gol, ao receber livre na entrada da área, mas chutar torto.
O jogo continuou acidentado no segundo tempo, com excesso de trombadas e jogadas duras. Quando houve espaço para jogadas, os melhores momentos foram do Brasil. Fred, um dos melhores em campo, acertou chute no travessão aos 15. Vinicius Junior recebeu livre na área, mas chutou fraco. Isso foi logo depois de ter protagonizado o seu grande momento com a camisa da seleção até agora.
Com a bola quase a sair pela linha de fundo, ele deu uma carretilha em Molina, ao prender a bola por entre seus pés e aplicar um chapéu no marcador.
ARGENTINA
Emiliano Martínez; Molina, Romero (Pezzella), Otamendi e Acuña; Paredes (Lisandro Martínez), De Paul e Lo Celso (Domínguez); Di María (Julian Álvarez), Lautaro Martínez (Correa) e Messi. T.: Lionel Scaloni
BRASIL
Alisson; Danilo, Marquinhos, Éder Militão e Alex Sandro; Fabinho, Fred, Lucas Paquetá (Gérson); Raphinha (Antony), Matheus Cunha (Gabriel Jesus) e Vinicius Júnior. T.: Tite
Estádio: Bicentenário, em San Juan (Argentina)
Juiz: Andres Cunha (Uruguai)
Cartões amarelos: Paredes, Romero, Pezzella, Acuña (Argentina); Lucas Paquetá, Fabinho (Brasil)
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