Dirigentes das 27 federações estaduais podem determinar, na tarde desta quinta-feira (24), o afastamento definitivo de Rogério Caboclo da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Suspenso de suas funções até março do ano que vem, o cartola corre o risco de ser punido por mais 20 meses, período que ultrapassaria o prazo de seu mandato, previsto até abril de 2023. A punição é dada como certa nos bastidores. A reunião estava marcada para começar às 14h.
Caso a nova suspensão seja aprovada pelos cartolas estaduais, uma nova eleição terá de ser convocada para escolher um presidente para um mandato tampão. Nesse caso, o escolhido necessariamente virá entre um dos oito vices da entidade. São eles: o coronel Antônio Carlos Nunes de Lima; Antônio Aquino; Castellar Modesto Guimarães Neto; Ednaldo Rodrigues; Fernando Sarney; Francisco Novelletto; Gustavo Feijó e Marcus Vicente. Desses, três já ocuparam o cargo interinamente – o coronel Nunes, o deputado federal Marcus Vicente (Progressistas-ES) e Ednaldo Rodrigues, que atualmente é o presidente em exercício.
Nesta quinta-feira, os dirigentes estaduais irão apreciar parecer da Comissão de Ética finalizado em 12 de novembro. Na ocasião, o colegiado recomendou a suspensão de 20 meses a Caboclo após analisar denúncia de assédio moral apresentada pelo diretor de Tecnologia da Informação (TI) da CBF, Fernando França.
Eleito em abril de 2018, Rogério Caboclo tomou posse em abril do ano seguinte para um mandato de quatro anos. Em junho do ano passado, porém, ele foi suspenso provisoriamente após ser acusado de assédios moral e sexual por uma funcionária. Três meses mais tarde, Caboclo foi suspenso por 21 meses por recomendação da Comissão de Ética. Na ocasião, todos os 27 dirigentes estaduais referendaram a punição.
Rogério Caboclo sempre refutou as acusações e se diz vítima de um complô para retirá-lo do poder. Procurado pelo Estadão para se manifestar sobre a assembleia desta quinta, ele preferiu não se manifestar.
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