Plano A da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para assumir o comando técnico da Seleção, o treinador italiano Carlo Ancelotti, de 64 anos, atualmente no Real Madrid, tem a seleção canarinho marcada em sua história com quatro confrontos.
Apesar de ter disputado duas Copas do Mundo com a Itália e defendido a Azurra por 10 anos, Ancelotti nunca enfrentou o Brasil, como jogador, pela Seleção Italiana. Foram 2 jogos pelo Milan e 1 pela Seleção do “Resto do Mundo”, no aniversário dos 50 anos do Rei Pelé.
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Já aposentado dos gramados, Ancelotti enfrentou o Brasil na final da Copa do Mundo de 94, nos Estados Unidos, como auxiliar técnico.
Brasil x Milan, em 1989:
O primeiro confronto contra a Seleção Brasileira foi em um amistoso, pelo Milan, em 1989, no Estádio Brianteo, em Monza, na Itália. A partida terminou empatada em 0 a 0 e fazia parte da preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 90.
Milan: Giovani Galli (Davide Pinato); Mauro Tassoti (Giuseppe Corti), Costacurta, Baresi (Walter Bianchi), Roberto Mussi; Angelo Colombo (Fabio Viviani), Ancelotti (Stroppa), Rijkaard, Evani (Lantignotti); Graziano Mannari (Roberto Marta), Van Basten (Cappellini). Técnico: Arrigo Sacchi.
Brasil: Taffarel; Mazinho, André Cruz, Ricardo Gomes, Branco (Paulo Roberto); Bernardo, Cristóvão, Silas, Geovani, Edu Manga (Careca); Charles (Gérson). Técnico: Sebastião Lazaroni.
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50 anos do Rei Pelé:
Em 1990, em amistoso organizado para as comemorações dos 50 anos do Rei Pelé, a Seleção Brasileira, formada por jovens jogadores e com Paulo Roberto Falcão como técnico, enfrentou a Seleção do Mundo, com grandes jogadores de outras seleções, dentre eles Carlo Ancelotti.
Em campo, o combinado do resto do mundo venceu a partida por 2 a 1, com gols do francês Michel e do romeno Gheorghe Hagi. O gol do Brasil foi marcado por Neto, que substituiu Pelé.
Gols: Michel (35'/1°T), Gheorghe Hagi (04'/2°T) e Neto (15'/2°T).
Brasil: Sérgio (Ronaldo); Gil Baiano (Bismarck), Paulão, Adílson (Cléber) e Leonardo (Cássio); César Sampaio, Donizete Oliveira (Luís Henrique), Cafu e Pelé (Neto); Charles (Valdeir) e Rinaldo (Careca Bianchezzi). Técnico: Paulo Roberto Falcão.
Resto do Mundo: Sérgio Goycoechea (Michel Preud’Homme), (Thomas N’Kono), (René Higuita); Leo Clijsters (Emmanuel Kunde), Júlio César, Oscar Ruggeri (Sergej Alejnikov) e Hugo Eduardo De León (Lajos Detari); Michel (Gabriel Calderón), Alemão (José Basualdo), Rafael Martín Vasquez (Gheorghe Hagi) e Carlo Ancelotti (Enzo Francescoli); Marco Van Basten (Hristro Stoichkov) e Roger Milla (João Paulo). Técnico: Franz Beckenbauer.
Despedida de Ancelotti contra o Brasil, em 1992:
Apesar de ter sido revelado pelo Parma e ter tido uma passagem de destaque na Roma, onde ficou 8 anos e foi tetracampeão da Copa da Itália e campeão italiano, ao lado de Falcão, Ancelotti ficou marcado por seus anos defendendo a camisa do Milan.
Atuando como segundo volante, Ancelotti chegou ao Milan em 1987, conquistando o Campeonato Italiano daquele ano e em 91/92, além do bicampeonato da Liga dos Campeões em 88/89 e 89/90, no esquadrão montado pelo técnico Arrigo Sacchi.
Em 1992, Ancelotti decidiu se aposentar como jogador e teve uma grande festa organizada pelo Milan, onde se tornou ídolo. A partida de despedida foi marcada para o dia 19 de maio daquele ano, contra a Seleção Brasileira, comandada por Carlos Alberto Parreira, que iniciaria o trabalho que resultaria no tetra, na Copa do Mundo de 1994.
“Tragam lenços. Vamos chorar em conjunto”, disse Ancelotti, em declaração reproduzida pelo jornal “Folha de S. Paulo”. O italiano parou no auge - e relativamente jovem: 32 anos.
No Brasil, a partida foi considerada como um grande teste para a Seleção, já que enfrentaria o “melhor time do mundo”, segundo reportado por alguns jornais da época, com trio holandês Frank Rijkaard, Ruud Gullit e Marco van Basten.
Em um Estádio Giuseppe Meazza lotado, com mais de 62 mil torcedores, Ancelotti recebeu homenagens da torcida e do clube, chegando a se emocionar antes da partida. Já com a bola rolando, o Brasil venceu por 1 a 0, com gol de Careca, aos 12 minutos do segundo tempo
Ancelotti por pouco não balançou as redes em sua despedida: o volante acertou a trave de Taffarel e quase deixou sua marca bem no jogo do adeus, no início da segunda etapa.
Gols: Careca (12'/2°T)
Milan: Antonioli; Tassotti, Costacurta, Baseri (Gambaro), Maldini; Ancelotti (Aldo Serena), Rijkaard (Cornacchini), Diego Fuser, Gullit (Donadoni); Van Basten (Massaro), Marco Simone. Técnico: Fabio Capello.
Brasil: Taffarel; Jorginho, Aldair, Mozer, Branco; Mauro Silva,Dunga, Luís Henrique, Valdo; Bebeto, Valdeir (Careca). Técnico: Parreira.
Vice na Copa do Mundo de 1994:
Após a aposentadoria como jogador, Carlo Ancelotti passou a integrar a comissão técnica de Arrigo Sacchi na Seleção Italiana e ajudou a Azurra a chegar na final da Copa do Mundo de 1994, contra o Brasil.
Assim como em sua despedida dos gramados, Ancelotti saiu com a derrota. Após um 0 a 0 no tempo normal, na quente Pasadena, na Califórnia, no dia 17 de julho, a decisão foi para os pênaltis e o Brasil venceu por 3 a 2, com Baresi, Massaro e Roberto Baggio desperdiçando as cobranças pela Itália.
Carreira de Ancelotti como treinador:
Ao final da Copa do Mundo de 94, Ancelotti iniciou a sua carreira como treinador do Reggiana, que disputava a segunda divisão italiana e conseguiu o acesso. No ano seguinte assumiu o Parma e depois a Juventus, em 1999.
Em 2001, voltou ao Milan, desta vez como treinador, e voltou a fazer história, sendo bicampeão da Liga dos Campeões de 2002/03 e 2006/07, campeão da Copa da Itália, do Campeonato Italiano, da Supercopa da Itália e do Mundial de Clubes.
Atualmente no Real Madrid, Ancelotti conquistou duas Ligas do Campeões, duas Copas do Rei, duas Supercopas da Uefa, dois Mundiais de Clubes, uma La Liga e uma Supercopa da Espanha.
Ancelotti também teve passagens vitoriosas por Chelsea, PSG e Bayern de Munique, sendo o único treinador a vencer as cinco principais ligas da Europa.
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