Dois jogos, duas vitórias e duas histórias completamente diferentes da Seleção Brasileira. Depois de uma estreia jogando bem contra a Bolívia, em Belém, Fernando Diniz reconheceu que a partida contra o Peru, em Lima, não foi boa, apesar da vitória. O treinador valorizou a conquista dos três pontos nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

“A gente tentou acelerar demais, não teve paciência para ir desmanchando a marcação aos poucos. Isso dificultou o nosso jogo também. Também teve o gramado, que não é o que os jogadores estão acostumados. Muito diferente da Europa e de Belém. Também acho que a gente acelerou muito no segundo tempo, muito por tentar verticalizar demais. Não quero tirar isso porque é característica do time", avaliou o treinador.

Leia também:

Marquinhos marca aos 44 e Brasil é líder nas Eliminatórias

Neymar joga 180 minutos na Seleção e contraria Jorge Jesus

Richarlison desabafa e diz que buscará ajuda psicológica

O gol de Marquinhos fez o Brasil manter os 100% de aproveitamento nas Eliminatórias e seguir na liderança da competição após duas rodadas. Para Diniz, apesar do jogo abaixo do esperado, vencer, somar três pontos e conseguir triunfar fora de casa é positivo. O técnico também destacou que a jogada do gol de Marquinhos foi treinada nos últimos dias.

"A gente treinou bola área. Bola área define campeonato. Hoje definiu o jogo. Soubemos nos defender bem. Tivemos chances claras, nos gols anulados. Acabamos vencendo pela persistência, merecimento, numa bola bem batida e antecipação pelo alto. 

"Foi um time que mereceu ganhar em que pesem os erros de passe, tivemos muita imposição desde o início da partida", explicou.

Apesar da vitória ter sido conquistada com placar magro de 1 x 0, o time canarinho chegou a balançar as redes em outras duas oportunidades, com Neymar e Richarlyson, porém os gols foram anulados pela arbitragem por impedimento. Em uma delas, a análise do VAR demorou quase seis minutos para confirmar a anulação. Sobre isso, Fernando Diniz pontuou. 

“Não queria falar de arbitragem, mas já que você falou, não vou fugir da questão. É uma coisa recorrente no Brasil: o que mais me irrita é ficar picotando o jogo e o juiz ser conivente com isso. É ruim pra todo mundo. Pra quem assiste, pra quem quer jogar, pra quem paga o ingresso. A arbitragem teve uma interferência no jogo que eu gostaria que não tivesse, principalmente sobre o tempo”, declarou.

A Seleção volta a jogar no próximo mês quando o time terá mais dois confrontos pelas eliminatórias. O Brasil enfrenta a Venezuela, em Cuiabá, no dia 12 de outubro. Cinco dias depois, a equipe joga contra o Uruguai, em Montevidéu, pela terceira e quarta rodada da competição respectivamente. Os confrontos darão sequência ao trabalho de Diniz na Seleção, no qual também se espera melhor adaptação dos jogadores.

"Fico satisfeito com o que apresentamos na soma dos dois jogos. No jogo de hoje, era uma atmosfera diferente de Belém, no Pará. Os jogadores vão entender, não precisa de muita gente para fazer superioridade, é uma questão de ocupar bem os espaços, circular bem a bola. A gente tentou acelerar demais, não teve paciência para ir desmanchando a marcação aos poucos. Isso dificultou o nosso jogo também", conclui o técnico.

Técnico Fernando Diniz, da Seleção Brasileira Foto: Vitor Silva / CBF

MAIS ACESSADAS