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LUTO NO AUTOMOBILISMO

Gil de Ferran, ex-piloto campeão, morre aos 56 anos

Brasileiro, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis em 2003 e bicampeão da CART, deixa legado no automobilismo internacional; morte ocorreu durante teste em circuito privado.

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Imagem ilustrativa da notícia Gil de Ferran, ex-piloto campeão, morre aos 56 anos camera Segundo relatos, Ferran estava dirigindo quando se sentiu mal, em um circuito privado na Flórida, nos EUA. | Divulgação/McLaren

O ex-piloto brasileiro Gil de Ferran, aos 56 anos, faleceu na última sexta-feira (29) após sofrer uma parada cardíaca durante um teste de carro no circuito privado The Concours Club, em Opa-Locka, na Flórida, nos Estados Unidos.

Vencedor das 500 Milhas de Indianápolis em 2003, Ferran também conquistou o título da Fórmula 3 Inglesa e foi bicampeão da CART, atualmente conhecida como IndyCar Series.

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Segundo relatos, Ferran estava dirigindo quando se sentiu mal, parando na entrada dos boxes. Ele foi prontamente levado para o hospital, mas não resistiu.

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O ex-piloto, nascido em Paris, França, mas que se considerava brasileiro, deixou um legado significativo no automobilismo internacional. Além de seus feitos nas pistas, Gil de Ferran atuou como diretor na equipe McLaren. A equipe de Fórmula 1 manifestou pesar pela perda do profissional por meio das redes sociais.

TRISTEZA DE AMIGOS E FÃS

A notícia do falecimento de Gil de Ferran causou comoção nas redes sociais, com diversos pilotos expressando suas condolências. Felipe Massa compartilhou que perdeu "um irmão" e enviou forças à família enlutada.

Tony Kanaan, também piloto brasileiro e amigo próximo de Ferran, expressou sua tristeza pela perda, destacando a parceria e amizade que compartilhavam, inclusive no trabalho recente na McLaren. Outros pilotos e entusiastas do automobilismo prestaram homenagens nas redes sociais.

A Confederação Brasileira de Automobilismo emitiu uma nota de pesar, destacando os principais títulos de Gil de Ferran e seu papel na equipe McLaren como diretor. A entidade rogou a Deus pela recepção de Ferran e expressou solidariedade à família, amigos e fãs.

O legado de Gil de Ferran no automobilismo é lembrado não apenas pelos seus feitos nas pistas, mas também por sua contribuição como diretor e pelo impacto que deixou no esporte.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DA CBA

Nota de Pesar: Gil de Ferran

A Confederação Brasileira de Automobilismo recebe com profunda tristeza a notícia do falecimento, nos Estados Unidos, do piloto brasileiro Gil de Ferran, na tarde desta sexta-feira, 29.

Aos 56 anos, completados no dia 11 de novembro, Gil foi vítima de um enfarto em um clube privado de automobilismo, localizado em Opa Locka, na Flórida. Socorrido prontamente, foi levado para um hospital da região, mas não resistiu.

Gil de Ferran brilhou nas pistas brasileiras e internacionais, com destaque para o título inglês de Fórmula 3, o bicampeonato na Indy (sob a bandeira CART) e a vitória na Indy 500 de 2003. Venceu também como piloto e dono de equipe no Endurance estadunidense. Atualmente, atuava na equipe McLaren como um de seus diretores.

Em meu nome e de toda a família CBA, rogamos a Deus para que receba nosso irmão com todas as glórias e ampare sua família, amigos e milhões de fãs em todo o mundo.

BRASILEIRO POR OPÇÃO

Filho de Luc de Ferran, engenheiro francês da Ford conhecido pela criação do Ecosport, chegou ao Brasil aos quatro anos de idade. Iniciando sua carreira no kart, escolheu representar o país nas competições internacionais.

Antes de se destacar na Indy, Gil teve a oportunidade de testar para a equipe Arrows na Fórmula 1. No entanto, um acidente durante uma das baterias resultou em ferimentos que impediram sua entrada na F1. Em 1995, ele partiu para os Estados Unidos, onde ingressou na categoria Indy.

CARREIRA DENTRO E FORA DAS PISTAS

Em sua primeira temporada na categoria, Gil foi eleito o novato do ano e terminou em 14º lugar no campeonato. Sua primeira conquista veio em 2000, quando, na equipe Penske, obteve o título na Indy com duas vitórias e 168 pontos. Repetiu o feito no ano seguinte, conquistando o bicampeonato com mais duas vitórias e 199 pontos.

Em 2002, juntamente com a Penske, migrou para a Indy Racing League (IRL). Seu feito mais notável na competição ocorreu em 2003, ao vencer as 500 Milhas de Indianápolis. Encerrou a temporada como vice-campeão e se despediu das pistas na etapa do Texas.

Após sua aposentadoria como piloto, Gil de Ferran permaneceu ativo no automobilismo. Em 2005, tornou-se diretor esportivo da equipe British American Racing (BAR) na Fórmula 1 e, posteriormente, chefiou a Honda na F1 entre 2005 e 2007. Retornou às pistas em 2008 como dono e piloto da Ferran Motorsports, competindo na American Le Mans Series até 2009.

Em 2010, fundou a De Ferran Dragon Racing para participar da IRL, encerrando suas atividades no ano seguinte por falta de patrocínio. A partir de 2017, integrou a equipe McLaren, inicialmente como coach de Fernando Alonso nas 500 Milhas de Indianápolis. Em 2018, assumiu o cargo de diretor esportivo na McLaren, ficando responsável pelo projeto da equipe na Fórmula Indy até o início de 2021.

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