O anúncio da contratação de Cuca como novo treinador do Athletico nesta segunda-feira causou uma divisão entre os torcedores do Furacão nas redes sociais, principalmente devido a um caso de abuso sexual ocorrido em 1987, na Suíça, pelo qual Cuca foi inicialmente condenado e posteriormente teve a sentença anulada.

A contratação de Cuca gerou manifestações de torcedoras, torcidas e movimentos nas redes sociais, protestando contra a escolha do treinador em função do caso do passado. Apesar disso, as principais torcidas organizadas do clube manifestaram aprovação à chegada do treinador ao Furacão.

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O incidente remonta a 1987, quando Cuca, então jogador do Grêmio, foi detido junto com outros atletas acusados de terem tido relações sexuais com uma garota sem o consentimento dela durante uma excursão pela Europa. O caso levou à prisão temporária dos jogadores, mas eles pagaram fiança e retornaram ao Brasil.

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Dois anos depois, em 1989, Cuca, Henrique e Eduardo foram condenados a 15 meses de prisão por coação e ato sexual com menor, enquanto Fernando foi condenado apenas por coação. Todos receberam uma pena condicional conforme a legislação suíça.

Recentemente, a Justiça suíça anulou a condenação de Cuca, não entrando no mérito da questão, mas devido ao julgamento ter ocorrido à revelia sem a presença do réu e seus advogados.

A decisão de trazer Cuca para o Athletico despertou reações diversas, destacando a complexidade de equilibrar o histórico judicial de um profissional com sua capacidade técnica e aceitação no meio esportivo.

VEJA ALGUMAS DAS REAÇÕES NAS REDES SOCIAIS:

NOTA DA DEFESA DE CUCA

A anulação do processo representa o restabelecimento da condição de inocência do treinador Cuca. O Tribunal de Berna acatou o pedido de novo julgamento elaborado pelo treinador e sua defesa, e anulou sua condenação por diversas irregularidades ocorridas no julgamento ocorrido em 1989.

Embora a decisão tenha sido totalmente favorável ao pedido do técnico, concluindo pela reavaliação do caso, a prescrição inibiu a rediscussão da matéria. Hoje Cuca não é condenado por nenhum crime.

Quanto ao DNA, como nós nos preparamos para um novo julgamento, o Cuca realizou no ano passado um novo teste de DNA, porém, com os marcadores atuais, o resultado foi impossível de comparar com o anterior. Um laudo preparado por dois peritos forenses e especialistas em genética foi elaborado com base no laudo do caso e questões como valia científica, incerteza estatística, forma de coleta, armazenamento, além do fato relevante de que o laboratório detentor da patente do exame não ter endossado o mesmo foram destacadas nesse parecer que concluiu pela total inconsistência do teste realizado 37 anos atrás, e que se encontrava em fase experimental (dito pela própria Universidade que realizou o teste).

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