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VELHO CONHECIDO DO REMO

No Goiás, Galhardo volta ao Pará após superar trauma

Atacante ex-Clube do Remo, que viveu momentos difíceis no Fortaleza após atentado, busca retomar a felicidade dentro de campo; próximo desafio será contra o Paysandu, pela Série B 2024.

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Imagem ilustrativa da notícia No Goiás, Galhardo volta ao Pará após superar trauma camera Thiago Galhardo, então aos 23 anos, como jogador do Clube do Remo. | Arquivo/Diário do Pará

O Goiás se prepara para um confronto decisivo contra o Paysandu nesta quarta-feira (15), na Curuzu, e além da busca pela liderança da Série B do Campeonato Brasileiro, traz consigo uma história de superação e recomeço. Thiago Galhardo, atacante recém-chegado ao clube esmeraldino, traz consigo uma jornada marcada por desafios e momentos turbulentos, mas agora, pronto para escrever um novo capítulo em sua carreira.

Galhardo, com passagens por equipes como Clube do Remo e Cametá no Pará, teve sua trajetória interrompida por um episódio traumático em fevereiro deste ano, quando o ônibus do Fortaleza, seu clube anterior, foi alvo de um atentado após uma partida pela Copa do Nordeste contra o Sport. O evento deixou marcas profundas no jogador, que enfrentou crises de pânico e se viu obrigado a se afastar para cuidar de sua saúde mental.

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"Vocês viram o atentado. Foi uma coisa lamentável, que não desejo para ninguém. A gente só quer sair para trabalhar em segurança. Encontramos aqueles marginais e o pior de tudo é que a polícia não fez nada", desabafou o atacante, na entrevista coletiva de apresentação no Goiás.

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"Não tenho problema em falar sobre isso. É muito difícil você reconhecer quando você está mal e soltar isso em público. Mas era o momento preponderante para eu mudar. Ou eu parava de jogar ou continuava. Eu estava triste, mal, não conseguir treinar. Eu acho que nós, atletas, temos o direito de nos reabilitar. Apesar de nossa carreira ser diferente", ressaltou.

Thiago Galhardo sofreu com ataques de pânico após atentado ao ônibus do Fortaleza, em fereveiro, na saída de jogo contra o Sport, em Recife, pela Copa do Nordeste.
📷 Thiago Galhardo sofreu com ataques de pânico após atentado ao ônibus do Fortaleza, em fereveiro, na saída de jogo contra o Sport, em Recife, pela Copa do Nordeste. |Reprodução/Instagram Thiago Galhardo e Tinga

APOIO DA FAMÍLIA E ACOMPANHAMENTO PROFISSIONAL

Após buscar ajuda profissional e apoio da família, Thiago Galhardo afirmou estar 100% recuperado e pronto para retomar sua carreira.

"Não temos esse tempo hábil, não vemos nascimento do filho, não estamos presentes no Dia dos Pais, não tem final de semana, não tem dia festivo. Mas nós sabemos disso. Consegui fazer esse acompanhamento. Procurei um psiquiatra, tomei remédio. Precisei de toda uma recuperação junto à minha família", detalhou.

BOM MOMENTO NO GOIÁS

Contratado pelo Goiás, Thiago Galhardo já mostrou sua qualidade ao marcar seu primeiro gol com a camisa esmeraldina na vitória sobre o Cuiabá pela Copa do Brasil. Com o empréstimo acertado até o fim da temporada, o atacante busca não apenas retomar sua performance dentro de campo, mas também recuperar a alegria e a sensação de utilidade que o esporte proporciona.

Galhardo, que veste a camisa 33 do Esmeraldino, ressalta a importância do apoio e compreensão no processo de recuperação: "Estou 100% curado, não tomo mais remédio, me sinto bem. Estou precisando voltar a jogar, a sorrir e me sentir útil. Por isso, escolhi vir para o Goiás, pelo interesse que o clube teve", explicou.

PASSAGEM CONTURBADA PELO CLUBE DO REMO

Thiago Galhardo, agora em destaque no Goiás, teve sua carreira marcada por momentos turbulentos durante sua passagem pelo Clube do Remo. Uma das situações mais controversas ocorreu em maio de 2013, quando o jogador e o zagueiro Gabriel se envolveram em uma briga durante um treinamento no Baenão.

O incidente, que ocorreu em pleno gramado durante uma disputa de bola mais intensa, foi amplamente noticiado na época. A diretoria do clube emitiu uma nota oficial no site, esclarecendo que o desentendimento entre os jogadores aconteceu após uma disputa de bola mais dura, algo comum nos treinamentos do time. Este, porém, não foi o único episódio de desavença envolvendo jogadores do Remo naquela temporada.

Além disso, a saída de Galhardo do clube paraense também foi marcada por polêmica. Pouco tempo após deixar o Baenão, o jogador ingressou com uma ação na Justiça do Trabalho, reivindicando salários atrasados, mesmo sem ter assinado uma rescisão contratual.

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