Isaquias Queiroz não poderá repetir o feito de conquistar três medalhas em Tóquio-2020. A Federação Internacional de Canoagem tirou do programa da Olimpíada japonesa a prova C1 200 m, que deu a medalha de bronze a Isaquias, 22.

A medida ocorre para incluir duas provas femininas de canoa. Para isso, duas masculinas foram retiradas.

"Não gosto [da exclusão do C1 200 m] porque é uma decisão injusta com os velocistas. Podiam ter ao menos incluído uma prova de 500 m. Deste jeito, matam uma geração de velocistas, uma aposentadoria por decreto", afirma Jesus Morlán, técnico de canoagem, que treinou Izaquías. 

Dos velocistas aos quais o treinador se refere, apenas Isaquias consegue remar provas rápidas (200 m) e de resistência (1.000 m). Assim, em 2020, o baiano pode buscar medalhas nas provas C1 1.000 e C2 1.000, nas quais ele conquistou duas pratas no Rio, a última em parceria com Erlon Souza, 25.

"Nunca na história houve um medalhista em provas de 200 m e 1.000 m em Olimpíadas. Nunca houve também um canoísta com três medalhas na mesma edição. Exceto Isaquias", lembra Morlán.

Se fossem provas do atletismo, o espanhol diz que seria o mesmo que o atleta correr os 400 m e os 1.500 m.

Com essa mudança para Tóquio, Isaquias deixará de competir em provas de 200 m em etapas de Copa do Mundo e Mundiais. Continuará nas de 500 m e 1.000 m.

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