Afastado da presidência do Paysandu, desde o final de 2012, quando teve o seu mandato encerrado, o prático Luiz Omar Pinheiro, que diz não ter pretensão de voltar ao cargo, mesmo longe da direção do clube garante estar atento a tudo o que ocorre nos bastidores do Papão. O ex-dirigente, que agora dedica parte de seu tempo ao Carajás, clube que disputará a Segunda Divisão do Parazão, faz críticas à atual gestão bicolor, que, segundo o ex-presidente, tenta relegar a segundo plano a história de abnegados, que muito colaboraram para que o Paysandu seja hoje uma das agremiações mais organizadas do Norte.

“Uma das coisas que me deixam entristecido na atual gestão do Paysandu, e isso eu não escondo de ninguém, é que parece que o clube só tem quatro anos de fundação, com os outros 100 anos sendo esquecidos pelos atuais dirigentes”, acusa. Luiz Omar chama para si parte dos méritos pelo saneamento financeiro da agremiação. “O grande câncer dos nossos clubes sempre foi a dívida trabalhista. Quando assumi o Paysandu, o clube tinha 147 ações trabalhista executadas. Quando saí deixei somente 17 e ainda dinheiro em caixa”, afirma.

Luiz Omar ressalta que o valor deixado nos cofres bicolores vieram de cotas do Brasileiro e da negociação do meia Paulo Henrique Ganso, que, na época, trocou o Santos-SP pelo São Paulo-SP. “O dinheiro que deixei foi da cota da Série B, que eu nunca disputei, e ainda o valor da transação do Ganso”, ratifica. O ex-cartola não esconde o seu descontentamento com o comportamento do presidente Alberto Maia. 

“Soube que, no lançamento do patrocínio da Caixa, o presidente Maia disse que quando ele assumiu o cargo a contabilidade do clube era feito em papel de pão”, conta. “Isso é mentira. Na minha época sempre houve o cuidado com toda a questão administrativa do clube, principalmente na parte financeira”, assegura Omar, sem esconder a irritação.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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