Conheça Airton, paraense destaque no Cruzeiro de Felipão

Airton Moisés Santos Souza, natural de Belém do Pará, mais precisamente do bairro Sideral, é um daqueles jogadores que saem do estado desconhecido pela maioria.

Ainda muito jovem, com apenas 12 anos, começou sua trajetória ainda no Futsal, no Paysandu. Um ano depois foi para o clube do Remo onde conseguiu pegar a base para poder sair do Pará e conseguir ter boa aceitabilidade nos times posteriores.

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Nessa época, com 13 anos, era treinado por João Nasser Neto, que treinou o time principal do Leão no ano de 2019 e hoje trabalha como observador no Brasil de Pelotas-RS. Segundo o atleta, o treinador foi quem deu a ele as ferramentas de jogo que precisava para sair do estado.

Aos 15 anos, Airton deixou o Pará para buscar novos ares no poderoso Palmeiras, clube ao qual o jovem atleta passou 6 anos, sendo formado pelas categorias de base. No ano de 2016, ainda pelo sub-17 do verdão, foi vice-campeão mundial da categoria, perdendo nos pênaltis para o Real Madrid. O jogador ainda foi campeão da Copa do Brasil sub-20 e vice do Brasileiro em 2019.

INÍCIO DA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL

Depois de 6 anos no clube Paulista, o jogador foi emprestado para o Oeste-SP, onde pôde começar a jogar como profissional. “O Oeste foi uma equipe que me acrescentou muito, foi uma experiência muito boa, onde pude ter contato com futebol profissional. Infelizmente tive uma lesão, então não tive uma sequência boa de jogos nesses três meses que passei por lá”, destaca Airton.

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Depois da passagem pelo Oeste, Airton foi transferido para o Inter de Limeira, onde passou seis meses antes de chegar ao Cruzeiro. Segundo o jogador: “Na Inter eu vi que as coisas podem acontecer de uma maneira positiva na carreira de um jogador. Se você trabalhar duro todos os dias, sua carreira pode alavancar.”

O CRUZEIRO DO PENTACAMPEÃO FELIPÃO

A chegada do jogador no time de Belo Horizonte não foi das mais tranquilas, o jogador chegou ao clube em um momento crítico, onde o time se encontrava na zona de rebaixamento do Campeonato Nacional e com grande crise interna, de onde ainda tenta sair, depois de escândalos na diretoria que ocasionaram a descida do time da primeira divisão Nacional.

“A minha chegada no time foi tranquila, porém muito intensa. O clube não estava passando pela melhor fase, o que eu fiz foi tentar ajudar da melhor forma possível. No começo não conseguimos ganhar alguns jogos, agora que estamos tentando manter uma sequência boa para o restante do campeonato”, acrescenta.

Com a chegada de Luiz Felipe Scolari, depois de o treinador ter recusado a primeira proposta do time Mineiro, a equipe conseguiu uma sequência positiva, depois da vitória fora de casa contra o Operário por 1 a 0. Após esse jogo, o clube empatou com o Náutico, onde Airton marcou seu primeiro gol como profissional, nos Aflitos.

Na última sexta (30), a Raposa ganhou o Paraná Clube, por 2 a 0, com um dos gols marcados pelo jogador Paraense. Quando perguntado sobre o peso de ser treinado por Felipão, Airton foi bem tranquilo: “Desde a chegada dele (Felipão), o time conseguiu ficar muito tranquilo, porém pensando na realidade, de que precisamos melhorar a cada jogo, pontuando cada vez mais, é um cara muito tranquilo e que eu admiro pela sua história no futebol, de ter treinado grandes jogadores e disputado copas do mundo por diferentes seleções. Ele pode acrescentar muito da experiência dele ao meu jogo, e isso me deixa muito feliz”, completa.

FUTURO

O Cruzeiro briga para se recuperar na série B e tentar o acesso ainda nesse ano para elite do futebol brasileiro. Para Airton, que tem contrato com o clube até 2023, essa é a meta que o time precisa alcançar.

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“Estou feliz aqui no cruzeiro, ainda tenho 3 anos de contrato e pretendo dar o meu melhor ao time, espero um dia jogar o Brasileirão pelo clube e trilhar um caminho de sucesso aqui no Mineirão, quem sabe um dia virar ídolo”, finaliza.

Texto especial para o DOL de Lucas Contente, marajoara, acadêmico de Jornalismo e pesquisador de futebol regional em jornalismo digital.

Edição de Enderson Oliveira, coordenador de conteúdo no DOL.