A Tuna Luso Brasileira, mesmo ficando com o vice, foi a maior sensação do Campeonato Paraense 2021. Voltando à elite após oito anos, a Gloriosa conseguiu vaga na Série D do Brasileiro e Copa do Brasil, ambos em 2022, além de chegar na grande final do Parazão eliminando o favorito, Clube do Remo. Mas o que faltou para se consagrar a grande campeã e quebrar um jejum, agora, de 33 anos?
Com grandes apresentações contra o Remo nas semifinais, com o melhor ataque da competição, tendo marcado 30 gols, e com a vantagem de 4 a 2 construída no primeiro jogo diante do Papão, a Águia mostrava indícios de que levantaria o troféu de campeão em plena Curuzu, ainda mais por conta do momento de pressão vivido pelo Paysandu.
A Lusa simplesmente não entrou em campo. O gol de pênalti de Paulo Rangel, aos 6 minutos, que poderia tranquilizar ainda mais a equipe, não passou de um ingrediente a mais para a fantástica virada do Paysandu no placar agregado, naquele momento, de 5 a 2 a favor dos visitantes.
A equipe do técnico Robson Melo não conseguia sair jogando, graças a alta marcação imposta pelo adversário. Os zagueiros e volantes tentavam ligar Paulo Rangel e Fabinho, que sozinhos contra a forte marcação bicolor, não tinham êxito.
O grande destaque da equipe na noite, talvez tenha sido o goleiro Gabriel Bubniack, que fez, ao menos, cinco boas defesas na primeira etapa, evitando que a vantagem Cruzmaltina fosse perdida.
A Lusa viu o Paysandu ter, pelo menos, oito boas chances de gol no primeiro tempo. Apesar da atuação abaixo, ainda estava conquistando o Parazão. Talvez, o grande problema tenha sido a expulsão, que poderia ser evitada, de Neto, já nos acréscimos, aos 51 minutos.
No segundo tempo os cruzmaltinos até que saíram mais para o ataque, já que os bicolores apostaram em um esquema de 4-2-4, que dava mais espaço. No entanto, a Águia não conseguia chegar com perigo e viu Gabriel Barbosa, camisa 9 bicolor, entrar aos 19 minutos para brilhar.
Com falhas individuais e coletivas, a Tuna olhou o Paysandu virar não só o jogo, mas o placar agregado. Sem forças, e com dois jogadores a menos, já que Lukinhas foi expulso em confusão, ainda viu Léo Rosa desperdiçar um pênalti aos 52 minutos, o que levaria a decisão às penalidades máximas.
O que aconteceu? O elenco entrou em oba oba? A média jovem de idade pesou na decisão? O adversário foi tudo isso mesmo? O antijogo com as ceras durante a partida, para ver o tempo passar, puniram no final? Para o técnico Robson Melo, os Lusos têm muito mais motivos a comemorar do que para ficar triste e diz que alguns atletas, pela juventude, acabaram sentindo a decisão.
“Temos muito mais para comemorar do que para lamentar. Queria ter dado esse título ao nosso torcedor. Não fizemos um bom jogo na decisão na Curuzu. Estivemos longe do time que fomos no restante do campeonato. A estratégia não foi executada. Alguns atletas sentiram a decisão, o que é natural em um time muito jovem. Mas eu tenho convicção do que fizemos pela Tuna. Foi muito mais do que algumas pessoas esperavam. Estou feliz em deixar esse legado e as metas alcançadas. A torcida do paraense pela Tuna voltou. É tirar as lições e aprendizados dessa competição que foi muito boa”, comentou.
Como já dito, a Tuna Luso Brasileira voltou a ser a grande
sensação do futebol paraense. Muito graças ao técnico Robson Melo, Éder Pisco,
diretor de futebol, e a grande benemérita, Graciete Maués. Agora, a equipe será
desmontada, já que volta às atividades daqui a sete meses. Resta a missão de
montar um elenco para a disputa do Parazão 2022, Série D e Copa do Brasil.
Vamos, Gloriosa! Isso é apenas o início da sua nova história de glórias.
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