Em um nacional de futebol, é normal que alguns times viagem mais do que outros. Tudo depende da localização geográfica e logística aérea e terrestre que as equipes precisam percorrer para disputar um jogo. Para o Clube do Remo, esse está sendo um problema muito grande, uma vez que, suas viagens são sempre de madrugada, prejudicando o sono dos jogadores e deixando-os mais propícios a lesões.

Igor Fernandes e Renan Gorne em viagem do Leão.
📷 Igor Fernandes e Renan Gorne em viagem do Leão. |Divulgação/Clube do Remo

O time percorrerá durante o Campeonato Brasileiro da Série B uma distância de 49.636 quilômetros, que equivale a uma volta pelo planeta terra de carro. Para a equipe médica do clube paraense, isso pode representar grandes riscos de lesões e quadros de desidratação nos jogadores, prejudicando-os não só fora, como também dentro de campo.

Para o chefe do Departamento Médico do Leão, Dr. Jean Klay, esse está sendo o principal problema enfrentado pelo time no início da série B. Segundo Jean, uma noite mal dormida pode significar mais de um dia para recuperação plena do atleta, o que pode prejudicar ainda mais o desempenho dos jogadores, já que as viagens ocorrem geralmente pela madrugada.

Dr. Jean Klay é chefe do Departamento Médico do Clube do Remo.
📷 Dr. Jean Klay é chefe do Departamento Médico do Clube do Remo. |Reprodução

“A nossa rotina de viagens hoje no Clube do Remo, que geralmente se concentra pela madrugada, cerca de duas viagens por semana, tem prejudicado de forma significante a recuperação de nossos atletas", Analisa o médico.

Jean ainda explica que, do ponto de vista fisiológico, uma noite mal dormida levaria mais ou menos dois dias para recuperação completa dos jogadores, fazendo com que o treino fique prejudicado e o índice de lesões aumente, principalmente quando se trata de lesões musculares.

Para minimizar esse desgaste, o Clube utiliza uma equipe multidisciplinar, com a realização de treinamentos específicos, e em caso de viagens, estratégias como limite do sono após as distâncias percorridas, porém, nem sempre essas medidas são suficientes para evitar lesões.

"Estamos com dois jogadores com lesão muscular, e essa [viagens] pode ser a causa", comenta Jean Klay.

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