A Esmac é a grande representante do futebol paraense no Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino Série A2, e tem representando o Pará de forma gigante. A equipe está nas oitavas de final da competição, e tem o próximo jogo dentro de casa.
Nos últimos dias, o Governo do Pará informou que irá liberar patrocínio no valor de R$ 50 mil para a instituição, algo inédito no futebol feminino do estado. Assim, do mesmo modo que acontece com os representantes do masculino (Remo, Paysandu, Castanhal e Paragominas) que disputam o Brasileirão nas Série B e C, a Esmac também será contemplada com o aporte financeiro através do Banco do Estado do Pará (Banpará).
“Esse patrocínio é o início. A partir de agora, nenhuma
equipe feminina que disputará um campeonato nacional ficará desamparada a
partir de, porque o Banpará reconhece que precisamos ter igualdade. Nós estamos
reconhecendo o papel da mulher na sociedade, diminuindo a intolerância, o
preconceito, e dando oportunidade para que elas possam viver do futebol”, disse
o diretor geral do esporte da Esmac, Ivanildo Cardoso.
O valor é uma saída para profissionalizar o futebol feminino da instituição que investe há muito tempo na categoria. “A história da Esmac no futebol feminino não é recente, começou com o futsal. Hoje temos 25 atletas, sendo 21 delas têm bolsas de estudo no ensino médio e superior. Quatro delas são professoras da instituição. Estamos adequando o laboratório de análises clínicas para fazer os exames, laboratório de fisiologia, investindo no departamento médico”, acrescentou Ivanildo.
Procurado pela equipe de reportagem do DOL, o vice-presidente
da Federação Paraense de Futebol, Maurício Bororó, confirmou a proposta e
informou como será feito o repasse a todos os clubes contemplados. “ A Esmac
vai receber 50 mil reais do Banpará via Federação. Ainda será assinado o
contrato entre Banpará e Federação e depois repassamos aos clubes: Paysandu, Castanhal e Esmac. Já Remo e
Paragominas apresentaram os nomes de Associações por onde vai sair os recursos”,
disse Bororó.
“Nós estamos lutando para que o futebol feminino no estado
possa se profissionalizar. Mas, para que isso aconteça é necessário apoio. Pois
há ainda um grande abismo entre o futebol feminino e o masculino. Então eu
percebi que havia uma distorção, não discriminação, porque ninguém havia batido
a porta do Governo e do Banpará”. Fomos à FPF, e por intermédio, fomos ao
Banpará. Fomos muito bem recebidos, e atenderam nosso pedido”, finalizou do
diretor da Esmac.
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