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ANÁLISE

Pandemia, Série B, fracasso: Clássico RexPa terá torcida

O último jogo com torcida entre Leão e Papão, foi em março de 2020; As partidas serão com torcida única.

Imagem ilustrativa da notícia Pandemia, Série B, fracasso: Clássico RexPa terá torcida camera Os times voltarão a se enfrentar com torcida depois de quase 2 anos. | Foto: Reprodução/Twitter

Talvez umas das maiores alegrias para um fã de futebol é a vitória de seu time em um clássico, e melhor, quando se está vendo, a olho nu, a sensação dobra e se torna única. Por conta dos muitos problemas vividos em decorrência da pandemia, muitos torcedores ficaram sem esse brilho nos olhos que só quem vai ao estádio sabe como é.

A vitória do Clube do Remo na noite da última quarta-feira (24), teve um resultado todo especial e de ansiedade para a torcida azulina. É claro, o clube, neste momento, foca todas suas atenções na principal decisão do ano, a Série B. Entretanto, com a classificação diante do Manaus, o torcedor paraense irá ganhar um evento mais que especial, o clássico Re x Pa, e com torcida no estádio, algo que não acontece há algum tempo.

Tedros Adhanom, diretor geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), declarou, no dia 11 de março de 2020 que a organização elevou o estado de contaminação à pandemia de Covid-19. Muitos ainda não entendiam do que se tratava, e o Brasil em específico, ainda vivia a "ressaca" do carnaval, considerada por muitos, o melhor do mundo, uma vez que, segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o evento de 2020 movimentou cerca de R$ 8 bilhões na economia brasileira.

- LEIA TAMBÉM: De solução ao caos: os bastidores da Novos Rumos no Paysandu

A partir daí, uma série de mudanças começaram a transformar a sociedade de "cabeça para baixo", tanto no convívio social quanto nas relações individuais. Medidas como distanciamento social, e durante algum tempo, decretos de Lockdown, mudaram a rotina de vida das pessoas.

MUDANÇAS PROFUNDAS

No esporte, não foi diferente. Estádios sem torcedores, atletas famosos infectados e notícias sobre adiamentos ou cancelamentos de torneios tomaram conta do noticiário esportivo. No caso do futebol, era estranho quando ligávamos a TV nas noites de quarta e tardes de domingo, e não víamos a bola rolando, o som de milhares de vozes e os gritos de gol.

No estado do Pará, historicamente alimentado pela paixão e devoção ao futebol, essas mudanças se tornaram ainda mais dolorosas.

Em 16 de março de 2020, a Federação Paraense de Futebol (FPF), representada na figura do presidente Adécio Torres, após reunião na sede da entidade decidiu-se pela suspensão do Parazão daquele ano por 15 dias. A reunião contou dirigentes dos clubes e cartolas da federação. No mesmo dia, o Governador do Estado, Helder Barbalho, restringindo eventos públicos não essenciais por 15 dias, mal sabiam que essas restrições iriam durar muito mais…

JÁ NO PARAZÃO

O campeonato paraense seguia para sua 9ª rodada, com o Papão na liderança e até o momento, único time classificado para as semifinais, o Leão era vice-líder. Uma semana antes da paralisação, os times se enfrentaram, no Mangueirão, no dia 8 de março daquele ano, em uma tarde de domingo, com Nicolas de um lado e Eduardo Ramos de outro.

O jogo terminou em 1 a 1.
📷 O jogo terminou em 1 a 1. |Foto: Jorge Luiz/Paysandu

Poucos sabiam, porém, que este seria o último jogo entre as equipes, pelo menos com a presença da torcida. Sendo assim, a quase dois anos, os torcedores não sabem o que é ver, com os próprios olhos, sem o auxílio de uma televisão ou rádio, as camisas azul marinho e azul celeste, se “batendo”, suando e disputando o domínio de cada bola durante 90 minutos.

Segundo Alax Henrique, torcedor do Clube do Remo, que esteve presente no Estádio Mangueirão, em 2020, a pandemia certamente seria controlada em pouco tempo: “Eu imaginava que logo seria controlada e não precisaria parar o futebol e consequentemente o público nos estádios”, disse.

Segundo o borderô da partida, cerca de 26 mil pessoas assistiram ao jogo e às duas pinturas marcadas por Nicolas para os Bicolores e Eduardo Ramos para os Remistas. A renda total foi de R$ 569.590 mil, valores que hoje fazem muita falta para os times.

O último jogo com público divulgado pelo Clube do Remo, contra o Londrina, no Baenão, foi de R$ 105.103,47 mil, quase 6 vezes menos, em comparação com o jogo citado. Já pelo lado do Papão, no jogo contra o Ituano (que a torcida invadiu o estádio) o número foi ainda menor, R$ 65.865,00 mil.

Inúmeros foram os prejuízos no período, tanto financeiros e emocionais. Muitas pessoas perderam entes queridos, que estão entre as mais de 600 mil vítimas da covid-19, e vítimas também de um negacionismo instalado sob a figura do próprio Presidente da República.

CHEGOU A HORA

Enfim, o torcedor poderá reencontrar os times no clássico Re x Pa, e em dose dupla, nos dias 01 e 04 de dezembro, pela Copa Verde. Os jogos serão distutados tanto na Curuzu, quanto no Baenão, com torcida única nas duas ocasiões. O que esperar? O espetáculo que as equipes sempre fazem, e também, por que não, matar essa grande saudade.

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