Você sabe quais são os principais componentes que estabelecem a maneira imortal da relação entre o torcedor e o seu clube do coração? Quando se escolhe um escudo para torcer, automaticamente a instituição ganha novos protetores do seu patrimônio. A camisa passa a ser vista como um manto sagrado ou a segunda pele do individuo.
No Pará não é diferente! As torcidas de Remo e Paysandu estão entre as mais fanáticas do Brasil. Ou você acha normal um estádio com mais de 35 mil pagantes com os dois clubes figurando nas últimas divisões do futebol nacional, como aconteceu nos últimos anos? O clássico RexPa tem muita história e não é à toa que terá o jogo de número 761 nesta quarta-feira (1º), em partida válida pela semifinal da Copa Verde.
A temporada de 2021 está chegando ao fim e com ela vários problemas são acumulados em Leão e Papão após um ano vexatório para as duas instituições. Um não conseguiu dar liga em 43 jogos na temporada até aqui e amargou o terceiro fracasso seguido na Série C do Brasileiro, sendo lanterna da sua chave no quadrangular. Enquanto que o outro "pipocou" na reta final da Série B do Brasileiro e foi rebaixado diante do seu torcedor, anotando sete pontos após disputar 36.
A Fiel Bicolor e o Fenômeno Azul não estão felizes e não é só pelo momento que o clubes vivem dentro de campo, mas também pela forma que suas diretorias conduzem as coisas nos bastidores. Contratações contestadas, planejamentos mal feitos e o silêncio na hora das "desgraças". A diretoria do Paysandu se pronunciou quatro dias após o Lobo dar adeus à Terceirona e a do Clube de Periçá segue sem dar uma explicação para o seu torcedor após o rebaixamento, no último domingo (28).
Apesar dos pesares, as torcidas devem lotar a Curuzu e o Baenão nos duelos de ida e volta da Copa Verde, respectivamente. O Papão, teve um grande desmanche depois do término da competição nacional e terá apenas 18 atletas à disposição de Wilton Bezerra. Já o Leão começou a se desmantelar e vê jogadores saírem às vésperas do Clássico Rei da Amazônia, assim como o rival, além de receber pedidos de saída de muitos outros atletas.
Ultimamente, as torcidas só são lembradas quando os clubes querem "encher os cofres" ou o apoio no treino aberto um dia antes de uma decisão, a fim de motivar os seus jogadores. Fora isso, o desrespeito impera e basta perguntar para qualquer torcedor o que acha sobre o assunto que a resposta é só uma: não há consideração com os seus torcedores.
Para o primeiro jogo, o Lobo já vendeu mais de oito mil ingressos e bem mais deverão ser vendidos nesta quarta-feira. Para o jogo da volta, no sábado (4), os azulinos devem encher o Baenão também. Tudo isso após ambos colecionarem erros, fracassos e desrespeito ao torcedor. As diretorias precisam entender de uma vez que Remo e Paysandu são patrimônios de suas apaixonadas torcidas e estas merecem um respeito tão grande quanto o amor que sentem pelo seu clube de coração.
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