Ao que parece, a Série C do Brasileiro de 2022 terá um novo formato. Na manhã desta quinta-feira (6), os 20 clubes participantes chegaram a um acordo sobre a nova forma de disputa da competição já para a atual temporada. Todo mundo aceitou um torneio nos moldes das Séries A e B, ou seja, por pontos corridos, com 38 rodadas
Na reunião surgiram duas propostas para a Terceirona. A segunda é para caso a primeira não seja aprovada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Nela, os pontos corridos estariam presentes em turno único, com 19 rodadas, com os 8 primeiros avançando de fase, onde seriam divididos em dois Quadrangulares Finais. Os dois primeiros de cada chave garantiriam o acesso à Série B e os quatro últimos colocados da 1ª fase seriam rebaixados à Série D do Brasileiro.
Além dos dois formatos para a competição, os clubes exigem que, para a primeira fórmula ser implantada, a CBF deve oferecer um aporte financeiro para cada uma das agremiações que irão participar do campeonato, de pelo menos 50% do que acontece na Série B. É bom lembrar que a entidade já divulgou o calendário da temporada e a Terceirona conta com 26 datas.
Nossa reportagem entrou em contato com os presidentes de Paysandu e Clube do Remo, Maurício Ettinger e Fábio Bentes, respectivamente, que explicaram sobre as propostas. Confira:
Maurício Ettinger - Paysandu
“Todos os 20 clubes participaram, mais a Associação Nacional dos Clubes e algumas federações. O que ficou definido pela maioria, com 11 a 9 em votos, é que faremos uma reinvindicação para a CBF para que o modelo de competição seja igual da Série B, com ida e volta com 38 jogos. Achamos que para esse ano não vai dar. Caso não possa, faremos uma outra reinvindicação, aceita pela maioria, de turno único. Todos contra todos. Para isso, vamos pedir um aumento da cota. Ano passado foram R$ 400 mil. Vamos pedir igual ou similar de R$ 4 milhões, se for igual a Série B. Se não for, vamos pedir para um milhão ou um milhão e meio. Esses serão os pedidos principais para a CBF”, comentou.
Fábio Bentes - Clube do Remo
“A reunião aconteceu de manhã. Em resumo, a proposta que será feita para a CBF é de turno único. Todos contra todos. Só que algumas equipes fazem 10 jogos em casa e nove fora. Qual será o critério para definir isso? O ranking do ano anterior. Por exemplo, os quatro que foram rebaixados da B para a C, fazem 10 em casa e os seis melhores colocados do ano anterior na C também. Essas equipes fazem os 10 em casa e nove fora. Dentro disso, tanto Remo, quanto Paysandu, fazem mais jogos como mandante. Seria feito um sorteio para definir a ordem dos jogos. Só saberíamos, então, quem faz em casa e fora, através desse sorteio. Vamos também pedir um pleito para a CBF de aumento de recursos para a Série C. Na primeira fase, ao invés de 18, seriam 19 jogos. As oito melhores no geral passam para o quadrangular decisivo. Seria feito a mesma regra dos anos anteriores nessa segunda fase. Vamos apresentar isso para a CBF. Os clubes tem o direito de decidir e como só terá uma rodada a mais, acreditamos que não teremos dificuldades. Claro, terá um custo de uma rodada a mais, mas acredito que não terá problemas, pois os clubes são soberanos para tomarem suas decisões no congresso técnico”, explicou.
Entenda as propostas:
Proposta 1: Pontos corridos com turno e returno. Ao todo, 38 rodadas disputadas, com os quatro primeiros subindo pra Série B do Brasileiro e os quatro últimos caindo para a Série D do Brasileiro. Cota de R$ 4 milhões.
Proposta 2: Pontos corridos em turno único. Ao todo, 19 rodadas disputadas, com os oito primeiros se classificando, onde serão divididos em dois quadrangulares. Ao final da 2ª fase, dois clubes de cada quadrangular garantiriam o acesso à Série B do Brasileiro, enquanto que os quatro últimos colocados da 1ª fase seriam rebaixados à Série D do Brasileiro em 2023. Cota de aproximadamente R$ 1,5 milhão.
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