Paragominas acusa Castanhal de usar jogador irregular

O futebol paraense está recheado de polêmicas nesta temporada de 2022 e olha que tudo está apenas começando. Por enquanto, as eleições na Federação Paraense de Futebol (FPF) seguem suspensas, o imbróglio envolvendo Tapajós, a FPF e o Carajás está longe do fim e, agora, a mais nova treta. O Paragominas vai entrar com um recurso contra o Castanhal por escalação irregular.

As duas equipes se enfrentaram na tarde desta quinta-feira (27), em rodada de estreia do Campeonato Paraense. Em campo, vitória aurinegra pelo placar de 1 a 0, no Estádio Maximino Porpino. Apesar disso, o que chamou a atenção foi a escalação do meia Lukinhas pelo Japiim. O camisa 10 havia sido expulso no último jogo do Parazão de 2021 contra o Paysandu e teria que cumprir suspensão automática na primeira partida da competição estadual de 2022.

O jogador foi condenado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA) a quatro jogos, no entanto, o Castanhal pagou R$ 630,00 em materiais esportivos para reverter a pena. Ou seja, restou apenas a suspensão automática para ser cumprida. Mesmo caso do técnico Cacaio, que foi expulso contra o Remo em 2021 e não esteve à beira do campo na tarde desta quinta-feira.

"O Lukinhas jogou a final contra o Paysandu na temporada passada, quando atuava pela Tuna, e foi expulso. Ele jogou contra o Paragominas sem cumprir o jogo automático, independente de qualquer julgamento. Vamos entrar nesta sexta-feira (28) com um recurso. Já conversamos com os nossos advogados. Não queremos falar de resultado, até porque foi um bom jogo, jogamos bem, mas não vamos aceitar esse erro. Ele estava irregular", disse a diretoria do Paragominas em contato com a nossa reportagem.

Pelo artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), uma equipe que utilizar de forma irregular um atleta para uma partida pode sofrer punição da perda dos pontos conquistados na partida disputada, além de mais três pontos. Pode-se somar ainda uma multa no valor de R$ 100 a R$ 100 mil por jogo.

"Está dizendo no documento que tudo foi transformado em multa. Estou tranquilo, quanto a isso, porque analisamos através desse documento. Nós não somos amadores para cometer tal erro. Eles pediram R$ 500 de reversão da pena em material esportivo e eu mandei R$ 630", disse o presidente do Castanhal, Helinho, em contato com nossa reportagem.

Procuramos os representantes da Federação Paraense de Futebol. O vice-presidente Maurício Bororó disse que ainda não chegou nada oficial à FPF e que aguardará novidades.