Clássico tem favorito ou não? Para alguns, sim! Para outros, não! O que sabe-se é que é um jogo diferente de todos os outros e a atmosfera acaba fazendo com que os jogadores deem um pouco mais de si em campo. Para a partida do último domingo, (20) entre Paysandu e Remo, os bicolores eram vistos como favoritos por conta do futebol que vinham apresentado ao longo do Parazão.
Clube do Remo acusa Paysandu de afirmações falsas e levianas
Já os azulinos eram questionados pelos próprios torcedores e não transmitiam confiança para a partida. Em campo, o placar apontou 1 a 1 ao término do confronto, com o Leão tendo inaugurado o marcador aos 43 do segundo tempo e levado o empate aos 47. Um grande resultado para o Clube de Periçá, levando em consideração o jogo na casa lotada do adversário e pelo que foi o duelo em geral.
No primeiro tempo, o goleiro Elias Curzel não sujou o uniforme. O Remo não ofereceu perigo algum aos bicolores, que dominaram o confronto tranquilamente. O goleiro Vinícius, que dispensa apresentações, mais uma vez, foi o nome da equipe, principalmente na primeira etapa, onde evitou com que o Papão abrisse o placar em algumas oportunidades.
Ter o rival melhor em campo, com a torcida adversária pressionando, não é nada de anormal. Entretanto, a falta de jogo do Clube do Remo preocupa para a sequência da temporada. A equipe de Paulo Bonamigo foi dominada e apenas se defendia como podia. O gol do Paysandu parecia questão de tempo, mas os azulinos contavam com a falta de eficiência nas finalizações do rival.
Quando Vinícius saia jogando com Everton Sena, o zagueiro não tinha com quem trabalhar. Os remistas estavam espaçados em campo. Felipe Gedoz e Erick Flores ficavam próximos do atacante Brenner e nada faziam para ajudar na saída de bola. Uchôa "se escondia" e Pingo buscava abrir no fundo para receber lançamento. Bruno Alves não conseguia espaços e Ricardo Luz errava tudo que tentava. O Leão perdia a bola após chutões para frente ou quando o Paysandu apertava.
O sistema defensivo teve muitas dificuldades para acompanhar as trocas e transições do Paysandu. Marlon e João Paulo faziam dobradinha na esquerda, assim como Robinho e Igor Carvalho na direita. Ricardinho ditava o ritmo da equipe, que via José Aldo dominar o jogo junto ao camisa 8. O Remo mostrava-se perdido, sem saída.
As dificuldades resultaram na substituição de Felipe Gedoz aos 39 minutos do primeiro tempo. O jogador ficou surpreso com a mudança, chegando a olhar para Paulo Bonamigo no banco de reservas, apontar para si e perguntar: "Eu?". Ronald entrou no seu lugar para dar mais velocidade e buscar contra-ataques, o que só aconteceu no segundo tempo, quando o Leão passou a aproveitar erros na saída do Paysandu e o cansaço do rival.
No geral, o Remo conseguiu um grande resultado contra uma equipe mais organizada e que sabia o que fazer com a bola. No entanto, o jogo azulino preocupa. Bonamigo não consegue dar um padrão tático ao Filho da Glória e do triunfo, que mostra deficiências técnicas. A primeira fase do Campeonato Paraense termina no próximo sábado (25) e o Remo ainda não conseguiu desenvolver um bom futebol com as peças disponíveis.
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