Inúmeras pesquisas apontam que a prática de esporte faz muito bem para uma pessoa. Além dos benefícios físicos, há também várias vantagens para a mente e na formação social.
Com objetivo de contribuir para o crescimento e formação de crianças e adolescentes da Cidade Nova, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, o professor de educação física Betinho Vitelli criou o projeto "Craque de Bola, Bom de Escola".
A iniciativa já existe há seis anos e, hoje, atende mais de 100 crianças e adolescentes, com idades entre 5 e 15 anos. O projeto é totalmente gratuito e tem treinos fixos aos sábados, pela manhã, em uma quadra do bairro.
O professor conta que sempre sonhou em ter um projeto social que atendesse os jovens da comunidade, já que quando era criança não tinha uma iniciativa que amparasse ele e os amigos, "onde alguns, infelizmente, se perderam no mundo das drogas".
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“Sempre sonhei em ter um projeto social. Na época que era criança não tinha isso e por isso perdi muitos amigos. Quando comecei a fazer faculdade esperei o momento certo e quando reformaram a quadra, eu fui para lá com dois amigos. Na época, eles me ajudavam. Um passou em um concurso público e não veio mais, o outro sumiu. Então, até hoje estou só [administrando o projeto]”, conta o professor.
Para além do futebol
Além dos treinos de futebol, o projeto também foca em atividades recreativas e na frequência escolar das crianças e adolescentes. Para participar da iniciativa, é preciso estar bem na escola.
“Meu objetivo é que todos cresçam e se tornem pessoas do bem. Se for da vontade de Deus e deles virarem jogadores de futebol, eu fico feliz. Mas só de ver eles já adultos e sendo pessoas do bem me deixa super feliz”, ressaltou o professor.
Durante o ano, vários eventos são realizados em datas comemorativas como Dia das Mães, dos Pais, Carnaval e Natal, onde ocorrem brincadeiras, doação de alimentos e outras ações.
Betinho mantém o projeto sozinho, com dinheiro do próprio bolso. Segundo o educador, saber que ele está contribuindo para o futuro dos jovens é o motivo a seguir com a iniciativa.
“O que me motiva a continuar é ver que muitos deles voltaram a estudar porque eu cobro isso deles. Muitos falam que quando crescerem querem ser igual eu, isso é fantástico e eu amo todos eles”, concluiu.
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