Paysandu busca se alinhar e surpreender no clássico

De quinta-feira para cá, poucas coisas podem ser feitas para mudar o Paysandu. Uma alteração é dada como certa, que é o retorno do zagueiro Bocanegra, que cumpriu suspensão automática. Outra possibilidade é no meio de campo, com a possibilidade de João Pedro pintar no lugar de Gabriel Davis, alvo de boa parte da fúria da torcida na última quinta-feira.

A volta de Bocanegra não deve ser uma escolha fácil para o técnico Márcio Fernandes. Wanderson entrou na equipe e o zagueiro colombiano, apesar de ter mais recursos técnicos, vem de atuações abaixo do que pode fazer. No meio a situação é semelhante. Gabriel Davis teve um começo de jogo muito bom contra o Princesa do Solimões-AM, com dois chutes de fora da área que quase resultaram em golaços, mas depois caiu de produção como o restante da equipe, o que não evitou que fosse bastante vaiado ao ser substituído. João Pedro entrou e também não teve maior destaque.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Paysandu Sport Club (@paysandu)

Independentemente de algumas mudanças, que se acontecerem serão poucas, o comandante bicolor prega uma fortalecimento emocional para encarar o clássico. Os dias que se passaram foram de mais conversa do que trabalho de campo. Fernandes defende que é preciso encarar o clássico com a força emocional que o confronto exige para sair-se bem. “Temos que ser fortes mentalmente para superar tudo isso. Uma equipe grande é isso, é pressão. Claro que, às vezes, não concordamos com algumas coisas, mas não cabe a nós ficarmos analisando, temos que procurar melhorar e dar o nosso melhor. Nunca faltou determinação e vontade para vencer”.

O fato é que o momento não é dos melhores, as peças não tem funcionado como em momentos anteriores. Fernandes garantiu que o relacionamento entre elenco e comissão técnica é bom, descartando qualquer menção de crise. Nessas horas, até o retrospecto é levado em consideração. Em nove edições da Copa Verde, Papão ou Leão sempre estiveram numa final e se enfrentaram pela fase semifinal cinco vezes. Foram dez partidas, com cinco vitórias bicolores, três empates e duas vitórias azulinas. O Paysandu eliminou o Remo em 2014, 2016 e em 2019. Em quatro oportunidades não teve Re-Pa na disputa pela final. Em duas delas o Leão Azul Remo foi eliminado nas quartas de final, uma com Paysandu caindo nessa fase e ano passado, quando o Remo não participou do torneio.