Marquinhos Santos sabe e não esconde que sem tempo para preparar a equipe, as vitórias virão do mesmo jeito de ontem, com muito mais transpiração do que inspiração, e que somente quando o foco for apenas o Campeonato Brasileiro, após as participações no Parazão e na Copa Verde, é que todos na Curuzu terão mais tempo para uma preparação adequada.
“A Série C é muito mais competitiva do que jogada. Jogando bem ou mal, temos que vencer. Ainda mais dentro de casa”, afirmou o treinador, admitindo a necessidade de muitas correções a serem feitas. “O treino é diferente do jogo. Somente em partidas para valer é que vou conhecer melhor o material humano que tenho em mãos. Temos muitas coisas a corrigir e vai ser passo a passo para chegarmos aonde queremos e vamos precisar da torcida ao nosso lado para conquistarmos nossos objetivos”.
Paysandu vence Manaus e volta respirar na Série C
Santos deu como exemplo jogadores recém-chegados ou voltando de lesão que ele teve que mandar a campo para pular etapas de preparação e eles ganharem mais ritmo para o restante da competição nacional. “Não temos tempo e preciso condicionar esses jogadores em campo, jogando. Por isso o Dalberto foi titular em substituição ao Vinícius Leite; por isso achei importante colocar o Nenê Bonilha até o fim, que conseguiu um bom avanço nos treinos dos últimos dias”.
O comandante bicolor destacou que ele chegou à Curuzu em um momento muito delicado do Paysandu, com três competições simultâneas com praticamente três elencos diferentes. Segundo ele, os jogadores têm se esforçado ao máximo para assimilar o que ele pretende para a equipe. “Os atletas entenderam muito bem o que foi passado e foram aos seus limites. Estamos a 40%, 50% do que podemos fazer”.
O técnico do Paysandu falou também sobre reforços. Ele destacou que as vindas dos últimos contratados seguem um perfil bem delineado, de gente que sabe muito bem o que é aguentar a pressão de uma torcida enorme. “Estamos procurando jogadores que tenham essa vivência de clubes grandes, que conhecem torcidas de peso como a do Paysandu, como são os casos do Paulão e do Bonilha, que chegaram há pouco”.
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