Com um elenco praticamente todo reformulado, o Paysandu terá, em 2024, quatro competições oficiais para disputar, a principal delas, sem dúvida, a Série B do Brasileiro, que começa no dia 20 de abril e termina em 26 de novembro. Antes, o Papão terá como aperitivo o Parazão, Copa Verde e Copa do Brasil, competições programadas para o primeiro semestre da próxima temporada. O objetivo maior dos bicolores é o acesso à Série A de 2025, razão maior das mudanças processadas no grupo de jogadores, acompanhadas de reforço na equipe de apoio, que trabalha fora das quatro linhas do campo.
A direção do Papão não abre mão de garantir o acesso ao Brasileirão, apenas um ano depois de ter voltado à Série B, após cinco temporadas participando da Terceirona. O sonho do retorno da equipe à elite nacional, na avaliação do vice-presidente Roger Aguilera, não é algo utópico, como muitos pensam. “Agora tem que pensar grande”, aponta o dirigente, salientando a força da torcida bicolor, que, segundo o cartola, pode fazer a diferença em favor do Papão no próximo Brasileiro. Ele compara a força da Fiel às torcidas do Criciúma-SC, Juventude-RS e Atlético-GO, que asseguraram o acesso à Série A este ano.
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“Temos o que a maioria desses clubes não tem”, compara. “O Juventude, por exemplo, coloca entre dez, doze mil pessoas no estádio. Se é aqui dá 50 mil. Essa é a diferença”, argumenta. A folha de pagamento do elenco bicolor, para o começo de temporada, será menor que a projetada para o Brasileiro. E é aí que a torcida terá um peso decisivo, já que tendo estádios lotados em seus jogos, o clube poderá ser ousado nas contratações. “Vamos precisar do apoio do torcedor para ser o diferencial na briga por esses atletas”, diz o dirigente, que aponta um acréscimo de, no mínimo 30%, na folha do elenco para o Brasileiro.
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As competições que antecedem ao Brasileiro servirão como campo de observação dos atletas contratados no final de 2023 para a etapa seguinte. Quem for aprovado continuará, óbvio, no elenco. Aqueles que não agradarem, apresentando rendimento abaixo do que é exigido pela Segundona, serão substituídos por outros jogadores. O “almoxarifado” para essas trocas de peças será, principalmente, o Campeonato Paulista, que tem a preferência de muitos atletas no primeiro semestre do ano por oferecer poder midiático maior que os demais Estaduais, como o Parazão, e torneios interestaduais a serem disputados pelo Papão.
FORMAÇÃO DO ELENCO
Dos 36 jogadores que encerraram a participação do time na Série C do Brasileiro vestindo a camisa do Paysandu, apenas 12 conseguiram sobreviver à “vassourada” feita pela diretoria no elenco do clube. Na última sexta-feira, 16 novos jogadores já haviam sido contratados, com a perspectiva de, no mínimo, mais quatro novas aquisições nos próximos dias. As mudanças processadas no grupo dão a certeza de que muita coisa vai mudar na equipe bicolor em relação a que assegurou vaga ao Papão na Série B do Brasileiro de 2024, após o afastamento de cinco anos do clube da competição nacional.
Sem a comissão técnica já ter à sua disposição o elenco inteiro completo para a temporada de 2024, não é possível se formatar o perfil completo do time bicolor que deve começar a temporada, estreando no Parazão, dia 20 de janeiro, contra o Santa Rosa, no Mangueirão. Mas alguns traços já podem ser riscados na composição da equipe. Um deles, por exemplo, acontecerá na lateral-esquerda, que conta, no momento, com apenas Geferson, tendo em vista que Eltinho, Kevyn e Ygor Fernandes foram dispensados.
O miolo de zaga também tende a sofrer mudanças, já que Paulão, que sofreu uma lesão na reta final da Série C, só volta a jogar no meio do próximo ano. Naylhor, que seria opção para o setor, não conseguiu se firmar como titular em 2023 e, assim, terá de travar duelo com os novatos Lucas Maia e Carlão. No meio de campo outra certeza: a titularidade de Robinho, que poderá ser acionado em pelo menos parte dos jogos do time na temporada, conforme já avisou o jogador de 36 anos, que não deve disputar toda a maratona de jogos da equipe em razão da idade.
Sem o artilheiro Mário Sérgio, cujo contrato não foi renovado, o Papão “repatriou” o ídolo da Fiel Nicolas, que estava no Ceará e chega com credencial de titular. As outras duas vagas do setor devem ser disputadas por Vinícius Leite, este remanescente do elenco passado, Hyuri, Leandro, Edinho, Ruan Ribeiro e Jean Dias. Uma briga que deve ser das mais acirradas.
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