Nicolas x Echaporã: uma nova rivalidade surgindo no Pará?

Em duas rodadas do Campeonato Paraense, Paysandu e Clube do Remo demonstraram que o ano promete ser altamente competitivo. Ambas as equipes mantêm um desempenho perfeito na competição, com o Leão à frente devido ao saldo de gols, especialmente após golear o Canaã na primeira rodada. Nestes jogos, dois jogadores se destacaram: Nicolas, pelo lado Bicolor, e Echaporã, pelo lado azulino.

Vale a pena observar que, apesar de estarem em patamares, times, características e fases distintas, ambos os atletas desempenham papéis cruciais e compartilham importância semelhante para suas respectivas equipes.

Nicolas, já experiente aos 34 anos, chegou ao Paysandu buscando reeditar a liderança que conquistou há dois anos, quando se tornou conhecido como o "homem gol" e conquistou a torcida. Por outro lado, Echaporã, aos 23 anos, está no início da carreira e chegou ao Leão como uma promessa que, até o momento, está se concretizando com sucesso.

Não preciso relembrar que os atletas jogam em dois times distintos. Embora do Pará, da mesma cidade e até da mesma rua, historicamente, Paysandu e Clube do Remo são rivais em tudo: natação, futsal, canoagem, e é claro, futebol, o carro chefe das duas agremiações. Sem as equipes, a cidade perde uma característica muito própria, do fanatismo ao dia a dia conversando sobre o assunto, além das famosas encarnações, já cultural entre seus torcedores, indo para violência, algo comum, sobretudo entre torcidas organizadas.

Quando se trata de características, Nicolas surge como o chamado "homem gol", aquele que, na maioria das vezes, espera um passe mais elaborado do atacante para ter somente o trabalho de colocar a bola no fundo das redes ou tentar um drible mais longo com o mesmo objetivo. Por outro lado, o jovem remista é um velocista nato, de chute forte, que cria as jogadas e mostra um grande talento individual.

Mas calma, nem todos os jogadores ficam nos extremos. Em quesito rodagem pelo futebol, embora Nicolas tenha idade mais avançada, Echaporã, tal qual o Bicolor, já passou por grandes times do futebol nacional: Juventude, Ponte Preta, Atlético Mineiro e Figueirense.

O Arqueiro da Curuzu teve um grande avanço na carreira um pouco antes de chegar ao Papão, quando atuou por Juventude e Criciúma, equipes tradicionais do país. Nos dois últimos anos, ele atuou em Goiás e Ceará, sem, porém, repetir o sucesso que teve com a camisa azul e branca.

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O encontro

Os dois provavelmente irão se enfrentar dia 4 de fevereiro, no primeiro Re-Pa do ano de 2024. Nicolas, já acostumado, tem se dado muito bem nos últimos clássicos, sempre deixando sua marca, já o Azulino, vai experimentar o momento pela primeira vez e precisa estar concentrado para entrar em um Estádio Mangueirão lotado, onde todas as atenções e o grito entalado de gol estarão voltados para os dois.

Será uma nova rivalidade? um herói e um vilão? pois bem, aguardem os próximos capítulos.