Remo: para ganhar R$ 945 mil, passar de fase é obrigação

Depois do Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil é a competição mais importante da temporada para o Clube do Remo. Se a Série C é um projeto a longo prazo, com a possibilidade de subir para a Série B e mudar de patamar em todos os sentidos, a Copa do Brasil é uma solução imediata por causa de um retorno financeiro totalmente fora da realidade local. A possibilidade de disputar o título é tão remota que beira o impossível, mas chegar a fases mais adiantes é crível e tem grana na conta garantida. Só por participar do torneio o Leão abocanha uma cota de R$ 787,5 mil; se passar para a segunda fase, os cofre azulinos terão um acréscimo de mais R$ 945 mil. O adversário da fase inicial é o Porto Velho-RO, em partida que começa às 16h30 (horário de Belém).

Por mais que alguns torcedores coloquem em xeque o trabalho que vem sendo feito até aqui pelo técnico Ricardo Catalá, entre os azulinos é inadmissível que o Remo não tenha a classificação da capital rondoniense. Os motivos são muitos. Por mais que o começo da temporada seja errático, a diferença técnica é enorme a favor do Leão em relação ao Locomotiva. Isso sem falar da vantagem de garantir a vaga até com um empate, nesse confronto de jogo único. A diferença é tão grande inclusive quanto ao ritmo. Enquanto o Remo vai para sua sexta partida no ano, só agora o Porto Velho vai entrar em campo em 2024, já que o campeonato local foi adiado duas vezes.

Isso sem falar na tradição que o Leão tem na competição. O Remo tem 32 participações na Copa do Brasil, com 106 jogos, 40 vitórias, 27 empates e 39 derrotas. Foram 141 gols marcados e 150 sofridos pelo time azulino, em toda a história. Em 1991, o time paraense conseguiu a melhor campanha de um representante da região Norte, quando chegou até a semifinal, caindo apenas para o Criciúma-SC de Luiz Felipe Scolari, que viria a ser o campeão.

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Entre os azulinos, o discurso é de foco total na busca pela vaga. O meia-atacante Felipinho garante que todos dentro do elenco sabem da importância da competição para o clube paraense. “Estamos encarando cada partida com muita seriedade e a estreia na Copa do Brasil é mais um desafio importante. Sabemos da importância de garantir a classificação e vamos entrar em campo focados e determinados”, disse. “O Porto Velho é um adversário que merece nosso respeito. Precisamos manter a concentração e buscar impor nosso ritmo desde o início. Estamos trabalhando para fazer uma boa apresentação e sair de campo com a vaga na próxima fase”, completou o azulino.

Pelo lado do Locomotiva, um dos principais destaques é o meia Marco Goiano, jogador que vestiu a camisa azulina na Série C de 2016. Não será a primeira vez que o jogador de 37 anos enfrenta o ex-clube, já que ele também defendeu o Bragantino no Campeonato Paraense. No Baenão, Marco Goiano atuou em 14 partidas e marcou três gols.

E MAIS...

Antes da viagem à capital rondoniense, o técnico azulino falou sobre o favoritismo da equipe e a vantagem que tem de jogar por dois resultados. “Temos o empate a nosso favor, mas você vai jogar num campo que você não conhece. Você vai jogar à tarde num ambiente provavelmente quente. Vamos jogar para vencer porque essa é a nossa exigência e a do nosso torcedor”, disse Ricardo Catalá. “Obviamente, se no final do jogo a gente precisar administrar algum resultado, vamos pensar na vantagem”, completou

O treinador.

Entre os jogadores, há a consciência da importância do jogo para todos dentro do Baenão. “É uma competição importante para o clube, para todos nós, de jogadores e torcedores. A gente espera fazer um grande jogo e trazer a classificação para a Belém”, comentou o zagueiro Reniê, que falou sobre as características de jogar na região Norte, com a expectativa de calor forte em Porto Velho (RO). “Jogar aqui é diferente. A gente tem se adaptado. Pelo tempo em que estamos aqui, a gente já vem conseguindo essa adaptação. A gente espera que ao longo do campeonato, a cada dia que passa, a gente fique mais preparado e adaptado ao clima”.