STJD adia julgamento do Remo após briga com o ABC em Natal

O Clube do Remo recebeu uma boa notícia nesta quinta-feira (5), após o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) adiar o julgamento que pode acabar em perda de mando de campo na Série C.

Na ocasião, o pleito estava marcado para está sexta-feira (6) e julgaria os incidentes causados por torcedores de uma organizada do Leão Azul na partida contra o ABC, pela 10ª rodada da Terceirona, no Frasqueirão.

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O adiamento se deu em razão da existência de controvérsias processuais, como a inclusão de menções a clubes que não estavam envolvidos e a falta de relato de algumas infrações que não foram mencionadas na denúncia.

A Procuradoria de Justiça Desportiva terá o prazo de 24 horas para sanar as irregularidades apontadas, e, após a efetivação das correções, será designada nova data para o julgamento do processo.

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Relembre o ocorrido:

• Clube do Remo tinha acabado de diminuir o placar contra o ABC (2-1) quando integrantes da Remoçada invadiram o gramado do Frasqueirão para roubar faixas da organizada do Alvinegro Potiguar.
• Neste momento, membros da Garra Alvinegra também pularam o alambrado para revidar e colocaram os azulinos para correr em direção à arquibancada dos visitantes.
• Durante a confusão, uma faixa da Trovão Azul, outra organizada do Remo, foi roubada. É possível ver algumas pessoas sendo agredidas e jogadores correndo para o banco de reservas para se protegerem.
• Para quem conhece um pouco do mundo das organizadas do Norte/Nordeste, sabia que este jogo era considerado de "guerra", como é costume falar, e as autoridades sabem muito bem disso.
• Caso você não entenda, existem alianças entre organizadas por todas as regiões do Brasil e as alianças do Norte/Nordeste são consideradas "irmãs" e este jogo colocava rivais frente a frente.
• A Garra Alvinegra ou a Gang do ABC é unida com a Terror Bicolor, maior e principal organizada do Paysandu, rival do Clube do Remo, que conta com a Remoçada, aliada da Máfia Vermelha, do América-RN, adversário do ABC.
• Ou seja, as aliadas se unem e vão para o estádio apoiar a equipe que está jogando contra o principal rival do time e dar o chamado "apoio" na logística na cidade.
• Foi possível escutar o "Liga pro Zoológico" do Paysandu nas arquibancadas do Frasqueirão, em provocação aos remistas. Agora, resta saber o que o árbitro irá colocar na súmula.

O que pode acontecer?

A invasão de campo e brigas entre torcidas no Brasil são consideradas infrações graves e estão sujeitas a várias punições. De acordo com o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), as punições podem incluir:

• Multa financeira: o clube pode ser multado. As multas variam dependendo da gravidade da infração, podendo atingir valores altos.
• Perda de mando de campo: o clube pode ser obrigado a jogar um número determinado de partidas em um local diferente do seu estádio habitual, sem a presença da torcida.
• Portões fechados: o clube pode ser punido com a realização de jogos com portões fechados, ou seja, sem a presença de torcedores.
• Perda de pontos: em casos extremos, o clube pode ser penalizado com a perda de pontos no campeonato.
• Interdição do estádio: o estádio onde ocorreu a infração pode ser interditado por um período determinado.

As medidas visam coibir comportamentos violentos e garantir a segurança nos jogos. As punições são determinadas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após análise dos incidentes e julgamento dos casos.