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ESPORTE PARÁ

O brilho do Pará nas duas camisas

Vestir a camisa do Santos com a mesma numeração de Pelé não é para qualquer um. A camisa do Barcelona também tem enorme peso. Somente jogadores com indubitável habilidade e prestígio conseguem desfilar em gramados espanhóis com o número 10 impresso na cam

Vestir a camisa do Santos com a mesma numeração de Pelé não é para qualquer um. A camisa do Barcelona também tem enorme peso. Somente jogadores com indubitável habilidade e prestígio conseguem desfilar em gramados espanhóis com o número 10 impresso na camisa rubro-azul do clube da capital catalã. E o abaetetubense Giovanni Oliveira foi capaz de tamanhas proezas.

Revelado pelo extinto Taça Luz em 1990, o craque logo se destacou e transferiu-se para a Tuna Luso. Teve ainda breves passagens por Remo, Paysandu e Sãocarlense, equipe do interior de São Paulo. Até que, em 1994, foi contratado pelo Santos durante um período de turbulência do clube. Sem disputar uma final de campeonato desde 1984, Giovanni ajudou o alvinegro santista a conquistar os vice-campeonatos paulista e Brasileiro de 1995, ao lado de Alexandre Gallo e Paulo Jamelli. O então camisa 10 do Santos teve atuação de gala na semifinal, diante do Fluminense. Após ter perdido a partida de ida por 4 a 1, o meia-atacante paraense fez dois gols e comandou a virada do alvinegro praiano no jogo de volta, vencido por 5 a 2.
Logo Giovanni caiu nos braços da torcida, tornando-se um dos maiores ídolos da história recente do Peixe. Tanto que, até hoje, existe uma torcida organizada chamada “Testemunhas de Giovanni”, em homenagem ao craque paraense.

Em 1996, Giovanni se mudou para Barcelona. Durante os três anos que passou por lá, jogou ao lado dos melhores do mundo da época, como Ronaldo e Rivaldo, o búlgaro Stoichkov, o português Luis Figo e os espanhóis Luis Enrique, Iván De La Peña e Pep Guardiola, que é, inclusive, o atual técnico do clube catalão. Giovanni conquistou diversos torneios pelo Barça. Foram dois Campeonatos Espanhóis, duas Copas do Rei, uma Supercopa Européia, uma Recopa Européia e uma Supercopa da Espanha.

Neste domingo, independente do resultado, as torcidas dos dois times finalistas do Mundial de Clubes da Fifa podem celebrar, unidas, uma coisa: tiveram o prazer de ver em campo um digno camisa 10.
(Diário do Pará)

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