Em seis jogos sob o comando do técnico Cacaio, o Clube do Remo literalmente ressuscitou das cinzas e esculpiu a ferro e fogo uma estátua que tem como símbolo o Leão, filho da glória e do triunfo. De um time desacreditado e sem perspectiva, atletas e a nova comissão técnica fizeram o impossível, calando a boca até dos mais otimistas.

Ao final do clássico, com a taça de campeão nas mãos, o sentimento entre os atletas era exatamente esse. “A gente voltou com tudo, mostramos a nossa força na hora certa e tivemos o reconhecimento da todos com os resultados e muita garra de todos. Essa vitória vai para todo mundo que acreditou no nosso potencial”, disse o zagueiro Max. 

Coincidência ou não, a única derrota do técnico Cacaio enquanto comandante do grupo azulino foi diante do maior rival, mas a crescente, independente do resultado, já mostrava sinais de que a superação estava próxima. “Já tem cinco jogos que estamos nessa luta, fazendo tudo o que é possível, mesmo com os problemas. Esse título vale muito, mas ainda não estamos na Série D, então a ordem é lutar para conquistar cada vez mais”, relembrou Alex Ruan.

O discurso semelhante parecia engasgado na garganta de todos que diariamente precisaram driblar crises e uma infinidade de cobrança disparadas de todos os lados. Com todos os problemas, o Remo mostrou que está vivo e que os gritos de ‘Eu acredito!’ nunca fizeram tanto efeito como ontem. “Esse time estava desacreditado e hoje mostramos em campo que aqui tem homens que honram essa camisa”, completou Ilaílson.

(Diário do Pará)

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