Principal sonho de consumo do clube nos últimos anos, o Centro de Treinamento do Paysandu, denominado “Raul Roberto Fermim Aguilera”, deve deixar a prancheta dos engenheiros nos próximos dias para começar a se tornar uma realidade. A iniciativa bicolor segue modelo adotado por grandes clubes do futebol brasileiro e mundial. No plano local, este será o primeiro espaço desta natureza entre as agremiações profissionais paraenses. A previsão de conclusão do projeto, cujo lançamento ocorreu há quase dois anos, ainda na gestão anterior da agremiação, é de, no máximo, cinco a seis anos. Mas, logo de saída, a direção do Papão espera contar até o final da atual temporada com pelo menos dois dos cinco campos com dimensões oficiais que compõem o projeto elaborado pelo arquiteto Armando Couceiro. A ideia é que os espaços já possam ser utilizados, no começo de 2019, pelos elencos de profissionais e da base do clube. Nesta etapa, a segunda em execução, visto que o portal de entrada já foi inaugurado ano passado, o CT também ganhará a instalação de dois vestiários. A partir da entrega dos campos e dos vestiários, a comissão encarregada de administrar a obra, liderada pelo engenheiro João Bosco Lobo, dará continuidade à execução do projeto, que prevê ainda um meio de campo destinado aos treinos específicos dos goleiros, um bloco de apoio, composto de cozinha, lavanderia, refeitório e hotel, um estacionamento e área de imprensa, que terá também um estacionamento, além de uma portaria de controle. O espaço do CT, adquirido por R$ 3 milhões, pagos à vista, ainda na gestão do ex-presidente Alberto Maia, possui uma área de 118 m². O orçamento prevê, até a conclusão total da obra, dentro de 5 a 6 anos, um investimento de R$ 10 a R$ 12 milhões. No momento, o local já conta com um muro em seu entorno e o pórtico, inaugurado em 2016. Sem contar com todos os recursos financeiros para tocar a obra, o Paysandu deverá apelar à ajuda de torcedores, que poderão, em breve, colaborar com a doação de material de construção ou dinheiro. Os dirigentes do Papão acreditam que à medida que a construção do CT for avançando, o torcedor, que já ajudou a construir ou fazer melhorias em outros patrimônios do clube, passará a participar mais efetivamente do projeto. “A nossa expectativa é que o torcedor, seja ele associado ou não, esteja ao nosso lado em mais essa empreitada importante para o engrandecimento do Paysandu”, revela o presidente Tony Couceiro. GRANAPapão está correndo atrás de recursosA obra da primeira etapa da construção do CT do Papão tem previsão para começar em meados deste mês. É o que informa o engenheiro João Bosco Lobo, 60 anos, que lidera um grupo de 25 pessoas envolvidas com o projeto. “A previsão é de que no dia 15 a gente já esteja com pelo menos um cara lá com serrote para começar a cortar e empilhar as árvores que serão retiradas do local”, diz. Lobo admite que o clube ainda não conta, no momento, com os R$ 2 milhões necessários para a construção dos dois campos e do vestiário, que compõem a parte inicial do projeto. “O Tony está correndo atrás desse recurso”, revela. Couceiro, conforme explica o engenheiro, está tentando viabilizar a liberação junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de parte da cota de R$ 2.8 milhões a que o Paysandu terá direito pela participação do time nas oitavas de final da Copa do Brasil 2019. Lobo explica que o grupo de colaboradores está procurando por empresas que trabalhem com Autorização de Supressão Vegetal (ASV), conforme acordo firmado entre com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. “Estamos fazendo a cotação de orçamento para ver qual das propostas é mais viável financeiramente para o clube”, explica. Os interessados a colaborar devem procurar a diretoria do Paysandu, na sede do clube. | |