Fiel em êxtase
O time mais ofensivo do campeonato não tomou conhecimento do Itupiranga. Alcançou uma goleada expressiva, coroando um jogo de pressão que custou a engrenar no primeiro tempo. Na etapa final, os gols foram surgindo naturalmente, aproveitando as seguidas falhas de marcação do adversário.
Apesar de problemas no começo da partida, o resultado final encantou a torcida, que compareceu em grande número à Curuzu, e soou como ensaio para o clássico de domingo. O PSC parecia disposto a mostrar que o empate sem gols diante do Tapajós foi puro acidente, mas teve problemas para acertar suas linhas.
O esquema utilizado (4-3-3 com variações), com Robinho, Marcelo Toscano e Marlon mais adiantados, não funcionava na tarefa de agredir a defesa do Itupiranga. Robinho até buscou a linha de fundo, mas os cruzamentos se mostravam improdutivos.
Por seu turno, o time interiorano pecava pela lentidão na saída e abusava dos erros de finalização. O melhor momento veio aos 36 minutos, quando Rodrigo bateu falta com muito perigo.
O ataque do PSC parecia se ressentir de aproximação e o gol de Marlon no final do 1º tempo nasceu de um cruzamento de Igor Carvalho pela direita. O lance começou com o lateral em posição de impedimento ao ser lançado.
Marlon, autor do primeiro gol (que começou com impedimento de Igor Carvalho), tornou-se o principal atacante do PSC, movimentando-se entre o meio e o ataque. Logo aos 3 minutos do 2º tempo, ele marcou o segundo gol aproveitando assistência de Robinho.
Se o PSC já era senhor das ações, com 2 a 0 no placar, o Itupiranga capitulou de vez, sem forças para controlar os ataques do adversário.
Ricardinho deixou sua marca aos 8’, usando da conhecida perícia nas bolas paradas. Bateu rasteiro e surpreendeu o goleiro Evandro Gigante. O jogo então entrou num período de marasmo. Satisfeito com a contagem, o PSC apenas trocava passes sem se preocupar em aprofundar o jogo.
O Itupiranga, puxado pelo meia Rodrigo, começou a avançar e a ameaçar o gol de Elias, mas se atrapalhava sempre na hora de definir. Márcio Fernandes fez mudanças na equipe, substituindo Marcelo Toscano por Danrlei. Logo na primeira intervenção, o atacante baionense disparou chute forte, bem defendido por Evandro Gigante.
Mesmo sem acelerar, o PSC mantinha a partida sob controle, como se fosse capaz de chegar ao gol quando bem entendesse. E foi o que aconteceu. Aos 39’, Dioguinho cobrou escanteio e o zagueiro Marcão saltou antes de Evandro para fechar a goleada em grande estilo, fazendo 4 a 0.
Com a vitória, o Papão chegou a 13 pontos na liderança do Grupo A, praticamente assegurando classificação à próxima fase. O Itupiranga conservou os 6 pontos que lhe garantem a terceira colocação no Grupo B.
Para o time, mais importante que a vitória relativamente tranquila foi a confirmação de que, mesmo quando o modelo proposto por Márcio Fernandes, as peças individuais funcionam. (Foto: Jorge Luis Totti/Ascom PSC)
Em partida fraca, Leão tropeça no Tubarão
Com a mesma postura confusa vista nos primeiros jogos do Parazão, o Remo se atrapalhou diante do Bragantino, ontem à tarde, no estádio Diogão. A atuação foi tão ruim no primeiro tempo que o primeiro ataque agudo só aconteceu aos 40 minutos, quando uma triangulação no meio gerou lançamento para Rony ficar de frente com o goleiro Valentim.
Muito pouco para um dos aspirantes ao título estadual. E insuficiente para impor respeito a um adversário aguerrido e duro na marcação. Para piorar as coisas, o campo esburacado atrapalhou bastante a troca de passes.
O Bragantino ameaçou mais e começou assustando com um chute de Biriba que estourou na trave de Vinícius. O lance foi invalidado, mas deu uma ideia do que estava por vir. Mesmo preocupado em fechar o meio-campo, pertenceram ao Braga os ataques mais agudos da etapa inicial.
Aos 36’, Gully acertou um chute forte e cruzado, que quase enganou o Vinícius aos 36’. Depois, Paulinho Curuá desviou a bola na área e o meia Emerson Bacas ficou livre para finalizar, mas o tiro saiu torto.
No segundo tempo, com Felipe Gedoz improdutivo no meio, o Remo tentou aumentar a pressão, mas o ataque seguia muito desconectado do meio. Brenner e Bruno Alves ficavam emparedados pela marcação.
O placar só foi movimentado em função de erros da arbitragem. Aos 7 minutos, Joercio Silva dos Santos viu pênalti numa dividida normal entre Emerson Bacas e Erick Flores. Bacas cobrou e fez 1 a 0 para o Braga.
Aos 15’, outro penal inexistente: Leonan (que havia substituído Paulo Henrique) caiu na área e o apitador deu a penalidade, que foi convertida por Bruno Alves.
O Remo ainda colocou Ronald e Veraldo para abrir o jogo pelas pontas, mas a criação continuou pífia e os ataques não levaram a nada. No fim das contas, resultado condizente com o baixo rendimento azulino na partida.
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