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OPINIÃO

Coluna do Gerson: custo alto e futebol baixíssimo no Remo

O time soma uma sequência de resultados ruins que culminaram com a derrota para o até então lanterna da competição, Atlético Cearense.

Imagem ilustrativa da notícia Coluna do Gerson: custo alto e futebol baixíssimo no Remo camera O time não consegue mostrar bom futebol e jogadores estão apáticos em campo | Samara Miranda/Remo

A segunda-feira, day after da vexatória apresentação do Remo diante do Atlético Cearense, foi cheia de boatos e especulações no clube. Nada mais natural para o ambiente normalmente fervilhante do Baenão em tempos de crise. Apesar de informes sobre dispensas e punições, o que há de confirmado é que ainda nos vestiários do estádio Presidente Vargas aconteceu uma dura sessão de cobranças em cima do elenco por parte da diretoria, diante da comissão técnica.

O constrangedor espetáculo proporcionado pelo time foi considerado intolerável pela cúpula dirigente do clube, de certa forma ecoando o clima de indignação que tomou conta da torcida azulina após a derrota para o lanterna do campeonato. De prático, a promessa de que a partir de agora haverá mais comprometimento em busca (ainda) da classificação à próxima fase da competição.

O fato é que o Remo tem um dos maiores investimentos da Série C, algo em torno de R$ 800 mil mensais, muito acima da média geral dos competidores. Em contrapartida, o custo não é acompanhado pelo desempenho em campo. O futebol, principalmente nas cinco últimas rodadas, foi diminuto, beirando o ridículo.

Gerson Gusmão, que assumiu há duas semanas em substituição a Paulo Bonamigo, rompeu o protocolar inventário de falhas e acertos na entrevista pós-jogo ao revelar insatisfação com peças do elenco. Disse, com todas as letras, que há atletas que não estão se dedicando 100%, o que fica evidenciado na falta de combatividade nos jogos.

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No esporte que depende essencialmente do coletivo não há como atribuir a um ou outro jogador a responsabilidade isolada por resultados ruins, mas é inevitável lançar o olhar sobre a atuação individual deste ou daquele porque acabam por estabelecer a diferença entre triunfo e fracasso.

Hoje, a cinco rodadas do término da etapa classificatória, o Remo está a 2 pontos do G8. Tem 18 pontos, precisa somar mais 10, pelo menos, para conseguir um lugar nos grupos que irão definir na próxima fase o acesso à Série B. Não é uma tarefa impossível, mas se torna extremamente difícil pelo que o Remo (não) vem fazendo no campeonato.

O inimigo do Remo é o próprio Remo. A passividade, a letargia e a apatia demonstrada ao longo do jogo em Fortaleza já tinham passeado em campo em outras rodadas, ainda sob o comando de Paulo Bonamigo. Mas o que ocorreu domingo é incontestavelmente mais grave e vexatório

Com pouco tempo de trabalho, Gusmão não pode ser responsabilizado pelo descalabro, mas a demora em adotar um posicionamento mais firme logo irá acarretar críticas diretas a ele. Vinícius, por exemplo, já deveria ter sido afastado para se submeter a um período de recondicionamento, em nome até de todo o prestígio que ele tem junto à torcida.

Pelas boas atuações anteriores, Celsinho, Paulinho Curuá, Netto, Marciel, Fernandinho e Vanilson são jogadores que deveriam ser observados com mais atenção. O técnico precisa, ainda, tomar cuidado para não cair em armadilhas, como a de reabilitar o quase esquecido Marco Antônio.

Em meio a isso, o Remo terá uma semana inteira de treinos para a primeira das últimas cinco batalhas. Enfrentar o ABC no Baenão, com a torcida desconfiada, constitui um desafio para testar a seriedade do compromisso que o elenco assumiu após o jogo em Fortaleza. A conferir.

Direto do blog campeão

“E agora? O treinador tocou na ferida de muitos jogadores, quando se referiu a falta de comprometimento em campo. Caso não afaste os jogadores que ele identificou, vão fazer coisa pior em campo, buscando mostrar quem manda em campo, pensamento anti profissional, prejudicando ainda mais o clube. Não defendendo o Vinícius, que falhou feio como nos últimos jogos, mas recuar uma bola para o meio da área, isso não se faz, ou joga para lateral ou para o extremo da área próximo a linha de fundo, até mesmo porque o Vinícius não tem histórico de sair jogando com os pés”.

Bira Corrêa

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“Não me regozijo disso. É com tristeza que repito. Quando o chamado paredão se elegeu vereador de Belém, com o voto da torcida azulina, cantei a pedra para que o Remo buscasse um bom goleiro para fazer-lhe sombra ou alternasse a posição com ele. Muitos clubes importantes da Europa revezam seus goleiros em diversas competições das quais participam. Aqui essa medida poderia ser adotada no Remo, considerando os longos deslocamentos para realizar seus jogos, períodos pequenos para treinamentos. É a realidade da Série C. Agora, convenhamos, o problema do goleiro vem sendo a parte mais visível dos problemas, que passam também por gestão amadora do futebol e por jogadores sem condições mínimas de vestir a camisa do clube”.

Miguel Silva

Homenagem a um artilheiro que fez o seu papel

Fred foi um bom atacante. Não excepcional, como chegou a imaginar algumas vezes. Na área, porém, sempre soube se virar e fez a alegria de grandes torcidas. Só por isso já merecia o tributo prestado por milhares de tricolores, sábado, no Maracanã, com direito a passeio de bicicleta em torno do gramado ao final do confronto com o Ceará.

Durante boa parte da carreira, Fred foi um jogador vibrante, malandro e leal. Derrapou no começo deste ano exibindo uma face bad boy que não combinava com o retrospecto da carreira. Andou tumultuando finais de partidas com apetite de fazer inveja a Felipe Melo.

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Por sorte, tomou juízo a tempo, decidindo pelo encerramento da carreira em alto nível e cercado de um astral positivo.

Uma curiosidade: uma das primeiras aparições de Fred foi num confronto com o Remo no Mangueirão, defendendo o América-MG e marcando dois gols. Chegou até a despertar o interesse da diretoria remista.

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