No início da tarde desta quinta-feira (10), o (ex-)atacante Robinho, foi julgado e condenado, desta vez em segunda instância, por estupro coletivo.
A defesa do (ex-)atleta tentou desqualificar a vítima, mostrando ao tribunal fotos dela ingerido bebida alcoólica, mas as juízas mantiveram sua condenação e pena de 9 anos de cadeia. Resta apenas mais uma para que ele seja condenado definitivamente pelo crime.
O CASO
Em novembro de 2017, o Tribunal de Milão julgou como procedente a acusação do Ministério Público italiano de que Robinho participou, com outros cinco homens, de violência sexual coletiva contra uma albanesa de 23 anos em uma discoteca de Milão. O episódio ocorreu em janeiro de 2013, quando ele tinha 28 anos e jogava no Milan.
Ainda segundo o Ministério Público, o grupo teria embebedado a jovem, que teria ficado inconsciente e sido levada para a chapelaria do estabelecimento, onde teria sido violentada múltiplas vezes. A defesa do jogador, à época, afirmou que não existem provas de que a relação foi sem consentimento.
A acusação foi baseada no depoimento da vítima e em conversas telefônicas interceptadas do grupo de amigos, com comentários jocosos sobre o ocorrido.
De acordo com uma das transcrições, Robinho foi avisado da investigação pelo músico Jairo Chagas, que tocou na boate na mesma noite de 2013, e afirmou: "Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu".
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"Olha, os caras estão na merda... Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei aquela garota. Vi (nome de amigo) e os outros foderam ela, eles vão ter problemas, não eu... Lembro que os caras que pegaram ela foram (nome de amigo) e (nome de amigo) [...] Eram cinco em cima dela" (sic), completou.
Numa outra conversa com o músico, este pergunta a Robinho se ele não transou com a mulher. O jogador nega, e Chagas diz: "Eu te vi quando colocava o pênis dentro da boca dela". Robinho responde que "isso não significa transar".
O caso voltou à tona em outubro, depois que seu retorno ao Santos foi anunciado, provocando indignação de torcedores e levantando o debate sobre a posição do clube, considerada contraditória após a participação em campanhas de combate à violência contra a mulher.
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