O técnico Jorge Jesus está sem moral no Benfica. Após uma série de resultados negativos, o presidente dos "encarnados", Luís Filipe Vieira, quer a saída do técnico, mas não o demitirá. Pelo menos por enquanto. A informação foi estampada na capa do jornal português 'Record' nesta terça-feira (23). 

O Benfica chegou a 15 pontos de distância do líder Sporting com o empate em 0 a 0 com o Farense, no último domingo. Segundo a imprensa portuguesa, presidente e treinador estão afastados, e Vieira não se oporia a um eventual pedido de demissão do técnico de 66 anos. A dispensa por parte da diretoria, por enquanto, está descartada, por conta dos encargos envolvidos na negociação. Jesus tem contrato até junho de 2022. 

Entre os motivos que levaram à insatisfação, além do até então fracasso do projeto que teve um investimento de 100 milhões de euros, estariam o baixo aproveitamento de jogadores formados no clube, como Tomás Tavarares, Florentino, Jota e Ferro, todos liberados pelo técnico, enumera o jornal "Record".

A chegada do zagueiro Lucas Veríssimo, ex-Santos, teria sido um impeditivo financeiro para a contratação de um meia de características defensivas, um dos desejos do técnico. O defensor, também pedido por Jesus, custou 6,5 milhões de euros (cerca de 43 milhões de reais) e freou qualquer investimento por William Carvalho e Willian Arão, antigos alvos.

Além dos resultados esportivos, a diretoria também cogita cortes financeiros após a aprovação do novo orçamento. O Benfica foi um dos poucos clubes que investiu alto durante a pandemia do novo coronavírus, e as prováveis diminuições de gastos podem complicar ainda mais a vida do técnico ex-Flamengo.

Atualmente, a equipe ocupa a quarta colocação do Campeonato Português, com 39 pontos, a quatro do Braga, terceiro colocado e último time na zona de classificação à Champions League.

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