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Fórmula 1: Alfa Romeo substitui Raikkonen por Bottas

O contrato é de mais de um ano, embora o time não tenha revelado a extensão exata.

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Imagem ilustrativa da notícia Fórmula 1: Alfa Romeo substitui Raikkonen por Bottas camera Divulgação

Valtteri Bottas está de saída da Mercedes após cinco temporadas. O piloto finlandês de 32 anos anunciou nesta segunda-feira (6) que assinou contrato com a Alfa Romeo, e correrá no lugar do compatriota Kimi Raikkonen, que anunciou a aposentadoria na semana passada. Isso deixa o caminho livre para George Russell assumir seu posto na Mercedes, algo que deve ser confirmado nesta semana.

Bottas começou a carreira na Williams em 2013, e foi chamado às pressas pela Mercedes para substituir Nico Rosberg, que surpreendeu ao anunciar a aposentadoria dias depois de ter sido campeão em 2016. Correndo pelo time que venceu todos os campeonatos da F1 de 2014 para cá, Bottas venceu nove provas, sendo que sua última conquista foi no GP da Rússia do ano passado, e fez 17 pole positions.

A melhor temporada do finlandês no time foi em 2019, quando ele foi vice-campeão e venceu em quatro oportunidades. No entanto, a falta de consistência fez com que o piloto nunca estivesse, de fato, na luta por títulos, todos eles vencidos pelo seu companheiro Hamilton de 2017 para cá.

"Um novo capítulo está se abrindo na minha carreira. Estou empolgado por me juntar à Alfa Romeo em 2022 em diante para o que será um novo desafio com uma montadora icônica", disse Bottas. "O potencial da fábrica em Hinwil é claro e estou empolgado com a oportunidade de ajudar o time a crescer, especialmente com as novas regras de 2022, que dão à equipe a chance de melhorar a performance. Estou grato pela confiança que a equipe depositou em mim e mal posso esperar para mostrar que isso vai valer a pena: estou mais faminto do que nunca por resultados e, quando chegar a hora, vitórias."

A contratação foi arquitetada pelo chefe atual de Bottas, Toto Wolff, que teve relação com a carreira do finlandês desde as categorias de base. Mas Valtteri também é bem visto pelo experiente chefe da Alfa Romeo, Frederic Vasseur. "É um prazer dar as boas vindas a Valtteri na equipe e estou animado com a nossa caminhada juntos. Com ele, trazemos para Hinwil um cara que trabalha pela equipe e com a experiência de ter corrido por um time grande. Nossa relação é antiga, desde quando trabalhamos juntos em campanhas de sucesso na F3 e na GP3, e seu talento e habilidade têm sido evidentes desde então. O contrato multi anual dá a nós dois a estabilidade de que precisamos para construir nosso projeto em um momento crucial para a Fórmula 1: estamos empolgados com o futuro que nos aguarda".

MERCEDES

Depois de ter problemas administrando a rivalidade entre Hamilton e Rosberg quando os dois eram companheiros, Toto Wolff destacou por várias vezes como a relação mais harmônica do inglês com Bottas era benéfica para a equipe, que seguiu vencendo campeonatos. Mas essa harmonia tinha dois ingredientes importantes: a personalidade do finlandês e o fato de ele nunca ter sido páreo para Hamilton.

O sucesso da dupla segue neste ano, com a Mercedes liderando o campeonato de construtores mesmo não tendo o melhor carro na maior parte das provas, com Bottas contribuindo com 123 pontos e por muitas vezes ajudando Hamilton na pista.

Trocando Bottas por Russell, Wolff sabe que corre sério risco de voltar a ter os mesmos problemas da era Hamilton-Rosberg, já que o piloto da Williams é considerado um dos grandes talentos de sua geração e venceu campeonatos em todas as categorias que disputou antes da F1.

Ou seja, é difícil imaginar que, com Russell, a Mercedes teria a mesma facilidade que teve no último domingo, por exemplo, usando Bottas para atrapalhar Verstappen na pista, depois pedindo para o finlandês abrir caminho para Hamilton e, por fim, para que ele, mesmo com pneus novos, não fizesse a volta mais rápida a fim de não roubar um ponto do companheiro.

Wolff, contudo, também precisa fazer um plano de sucessão para Hamilton, que tem 36 anos e assinou por mais duas temporadas, e não poderia correr o risco de perder Russell, que está na Williams há três anos e já dava sinais de impaciência.

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