Uma postagem com o seguinte texto “Na Euro 2020, a UEFA (Associação Europeia de Futebol) ordenou que todos os capitães de equipe usassem faixas “OneLove”. A banda foi usada como símbolo do LGBTQ. Mas o capitão de Portugal, Cristiano Ronaldo, foi o único capitão europeu que não usou a banda. Respeito ❤” com a imagem de Cristiano Ronaldo cumprimentando Manuel Neuer tem circulado nas redes sociais nos últimos dias.
A imagem destaca braçadeiras usadas pelos jogadores: a de Neuer tem a bandeira LGBTQIA+, enquanto a de Ronaldo é preta.
Entretanto, não é verdade que Cristiano Ronaldo foi o único capitão de uma seleção de futebol que se recusou a usar a braçadeira do movimento One Love durante a Eurocopa de 2020. Também é mentira que a UEFA ordenou o uso da braçadeira na competição aquele ano.
O site de checagem de notícias Aos Fatos apurou o post e mostrou que “ a polêmica em torno do uso da faixa ocorreu durante a Copa do Mundo de 2022, quando a Fifa baniu o acessório”, explicou e acrescentou: “Ronaldo não foi o único a não usar a braçadeira”.
Na verdade, a história em torno das faixas ocorreu durante a Copa do Mundo de 2022, no Qatar. Na ocasião, Portugal não foi a única seleção a não usar a braçadeira.
“A Fifa, no entanto, ameaçou punir com um cartão amarelo os jogadores que usassem a faixa do One Love durante partidas no Qatar. Por conta da sanção, seleções que antes tinham decidido usar a braçadeira voltaram atrás. A ordem da federação foi vista como um receio de uma possível reação das autoridades do Qatar, cujo governo criminaliza a homossexualidade”, explica a apuração de Aos Fatos.
O movimento One Love foi criado em 2020 pela seleção da Holanda para “enfatizar a mensagem de que todos os fãs de futebol são iguais”.
A checagem do Aos Fatos esclarece ainda que, diferentemente do que afirmam as publicações nas redes sociais, a braçadeira arco-íris usada por Neuer não tinha relação com o movimento One Love, mas sim porque a partida ocorreu em junho, mês do orgulho LGBT+.
“O acessório chegou, inclusive, a ser alvo de investigação da Uefa, que voltou atrás e arquivou o processo por entender que o símbolo foi usado por “uma boa causa””, conclui a checagem.
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