O Paysandu já tem um novo presidente. Após a entrega da carta de renúncia de Roger Aguilera, Márcio Tuma, então vice-presidente da gestão, assumiu o comando do clube bicolor para concluir o mandato, que se estende até o fim de 2026. Essa é a segunda vez na história recente do Paysandu que um presidente deixa o cargo antes do término da gestão. Em 2017, Sérgio Serra também renunciou, e Tony Couceiro assumiu a presidência até o encerramento do mandato.
A saída de Roger Aguilera já vinha sendo tratada internamente há algumas semanas, conforme apurado pela reportagem do DOL. Fontes ligadas ao clube apontam que a decisão estava praticamente definida desde a semana passada, apesar de ter sido oficializada apenas agora. Na carta direcionada aos sócios e publicada no site oficial do Paysandu, Aguilera afirmou que se dedicou “de corpo e alma” ao clube, destacando que abriu mão da família, da saúde e das atividades profissionais durante o período à frente da presidência.
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Segundo pude apurar com fontes internas do clube, a decisão com relação a renuncia de Roger Aguilera na presidência do @Paysandu já estava tomada desde a semana passada.
— Magno Fernandes (@Cf27Magno) December 23, 2025
Além do mais, as "razões de ordem pessoal" citadas pelo agora ex-presidente alviceste, também estariam… pic.twitter.com/CdJSN1KKcs
Além dos problemas pessoais, a gestão de Roger Aguilera enfrentou forte pressão nos últimos meses, especialmente em razão do agravamento da situação financeira do clube. "Mesmo sabendo dos desafios financeiros que hoje impedem o Paysandu de chegar ao lugar que ele mereceria estar. Dediquei-me de corpo e alma, abdiquei da minha família, da minha saúde e das minhas atividades profissionais para estar no Paysandu", disse Roger em sua carta renúncia.
Desde o início deste mês, atletas do elenco de 2025 ingressaram com ações na Justiça do Trabalho contra o Paysandu, cobrando atrasos salariais, direitos de imagem e premiações. Ao todo, oito jogadores, entre eles Rossi e Leandro Vilela, acionaram o clube judicialmente. O valor total das ações ultrapassa R$ 17 milhões, segundo apurado pelo DOL. Essa situação tornou a permanência de Aguilera no cargo praticamente insustentável.
Reconstrução para 2026
Outro fator que pesou nos bastidores foi o rebaixamento do Paysandu para a Série C do Campeonato Brasileiro. Desde o início de novembro, as aparições públicas do então presidente se tornaram cada vez mais raras. Nas últimas semanas, inclusive após a criação do comitê de futebol liderado por Alberto Maia, Roger Aguilera deixou de marcar presença de forma visível em eventos e atividades do clube. Com a posse de Márcio Tuma, o Paysandu inicia um novo momento administrativo para a temporada de 2026.
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