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RECONHECIMENTO

Produto paraense está ganhando o mundo

Quando o assunto é queijo do marajó e chocolate, os produtores do estado vêm se destacando, com premiações até internacionais, mostrando a qualidade a dedicação com que se faz esses alimentos

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Imagem ilustrativa da notícia Produto paraense está ganhando o mundo camera Divulgação

O Pará segue superando marcas de produção no agronegócio. No entanto, para além dos números, está a qualidade do que é produzido pelas mãos dos paraenses. As últimas conquistas foram bastante significativas e com um ponto em comum: premiações internacionais na França.

No universo do cacau, seu produto mais famoso, o chocolate, foi destaque no Cocoa of Excellence de Paris com o cacaueiro João Evangelista que conquistou, em nome do assentamento Tuerê, em Novo Repartimento, a medalha de Prata em 2021. Já o queijo do Marajó, produzido pela Queijaria São Victor, levou a Prata em 2019 e o Bronze em 2021, no Mondial du Fromage et des Produits Laitiers, realizado em Tours, outra cidade francesa.

“A nossa participação em concursos nacionais e internacionais trouxe muita visibilidade para os produtores. Com cada vitória, mais pessoas querem conhecer o queijo do Marajó. Ele é um queijo único, esse modo de produção não tem em outro lugar do mundo”, ressalta Cecília Pinheiro, que administra a queijaria junto com o marido, Marcus Pinheiro, em Salvaterra. Eles são ainda ganhadores do Prêmio Queijo Brasil, sendo Bronze em 2017, Super Ouro em 2018 (com 500 queijos artesanais brasileiros participantes, ficando com o 1º lugar isolado) e Ouro em 2019.

Produto paraense está ganhando o mundo
📷 |Divulgação

O casal comprou a Fazenda São Victor em 2000 e neste, mesmo ano, comprou também rebanho de matrizes bubalinas leiteiras. “Fundamos a queijaria em 2006. Nesta época, ainda não tinha regulamentação para o queijo do Marajó, mas o que estávamos almejando era trabalhar com esse queijo típico e tradicional da Ilha”, comenta Cecília. Atualmente, a fazenda conta com 300 matrizes da raça Murrah soltas em pastos nativos, priorizando, sobretudo, o bem-estar animal, o que segundo eles, se reflete no sabor do queijo.

“Nossa família está no Marajó desde a colonização e já produzia queijos na década de 1920 e 1940. Foi um queijo trazido por português e franceses, então sofreu adaptações para a região. Por exemplo, no início ele era feito com leite de bovinos, em 1920. Só depois que passou para o bubalino. Ele realmente é um produto tradicional brasileiro. Depois disso [da década de 1940], a produção só foi para o consumo da família. Agora, [com a retomada] nossa produção vem crescendo, uma média de 100 Kg diários”, orgulha-se a fazendeira.

Produto paraense está ganhando o mundo
📷 |Divulgação

E o sucesso não está apenas nas premiações francesas, mas também no paladar brasileiro. Essa produção é escoada constantemente para a capital paraense e de outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Santa Catarina e para Brasília. O queijo do Marajó produzido na Fazenda São Victor ainda possui, desde março de 2020, o “Selo Arte”, certificado que assegura que o produto foi elaborado de forma artesanal, com receita e processo que possuem características tradicionais, regionais ou culturais.

E para coroar todas essas conquistas, em março de 2021, o queijo do Marajó teve a sua Indicação Geográfica (IG) reconhecida pelo Instituto Nacional de Propriedade (INPI). Uma certificação que tem como objetivo proteger o nome do Queijo do Marajó delimitando seu uso para os produtores que atuam nos municípios de Cachoeira do Arari, Chaves, Muaná, Ponta de Pedras, Santa Cruz do Arari e Soure, dando a ele seu devido valor gastronômico e cultural. Tudo isso, acredita Cecília, motiva os produtores marajoaras a darem continuidade a essa tradição.

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