A Quarta Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou mais uma vez nesta quinta-feira (18), por unanimidade, o pedido de suspeição movido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, do TRF4. Com a decisão, Thompson Flores poderá participar, na Oitava Turma do TRF4, do julgamento do ex-presidente no caso do sítio de Atibaia (SP).

Para os advogados de Lula, Thompson Flores é suspeito em razão de sua atuação, enquanto era presidente do TRF4, para impedir a soltura do réu, em julho do ano passado. Naquela ocasião, o petista conseguiu um habeas corpus durante o plantão judicial, em um domingo, mas permaneceu preso após um vaivém de decisões.

Em entrevista, o ex-diretor da PF Rogério Galoro contou que, após a decisão do desembargador plantonista Rogério Favreto, mandando soltar o ex-presidente, prevaleceu um telefonema de Flores, que deu ordem para mantê-lo preso, em Curitiba. A defesa argumenta haver contradição na informação com a explicação prestada pelo desembargador, que negou ter dado qualquer ordem por telefone.

Após a eleição do desembargador federal Victor Laus, membro da Oitava Turma do TRF4, para a presidência do tribunal, Carlos Eduardo Thompson Flores o substituiu no colegiado responsável por julgar as apelações de processos da Lava Jato em segunda instância.

Com a decisão, Thompson Flores poderá participar, na Oitava Turma do TRF4, do julgamento do ex-presidente. Foto: (Reprodução/ Internet)

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