Horas depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) determinar a paralisação de um estudo sobre o uso da hidroxicloroquina em pacientes infectados com o coronavírus, a Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu nesta segunda-feira (25), um pedido da deputada Sâmia Bonfim (PSOL) para proibir o novo protocolo do medicamento aprovado pelo Ministério da Saúde. 

Covid-19: estudo indica que Hidroxicloroquina causa mais mortes do que tratamento padrão

Em suas redes sociais, a deputada criticou o protocolo e citou as ponderações de entidades internacionais sobre a falta de comprovação da eficácia do remédio no combate à Covid-19. 

“Contra todos os indícios, na últiima quarta-feira, o Ministério da Saúde liberou o uso em massa da cloroquina. Esse protocolo pode custar milhares de vidas e nos impede de atuar de maneira eficaz contra a doença. É urgente parar esse governo anti-ciência e anti-povo”, escreveu Sâmia Bonfim. 

Na semana passada, após determinação do presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Saúde implementou um protocolo que prevê o uso do medicamento em estágios iniciais de pacientes com a doença. 

A PGR não informou se tem algum prazo para analisar o pedido da parlamentar ou se pode anular o protocolo do Ministério da Saúde. 

O uso do medicamento é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, mas questionado pela OMS Foto: Reprodução

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