O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi denunciado pela segunda vez ao Tribunal Penal Internacional de Haia, por crimes contra a humanidade. A denúncia desta vez é devida ao comportamento displicente e negacionista de Bolsonaro diante pandemia da covid-19 no páis. Durante o período Bolsonaro trocou de ministro duas vezes por divergências quanto ao uso de medicamentos ineficazes contra a doença.

A denúncia foi realizada pela Rede Sindical Brasileira UNISaúde, que acusa o presidente de "falhas graves e mortais" na condução da resposta à pandemia de covid-19. O Brasil é o segundo país com mais casos da doença e mais mortes: são 86.449 de vidas perdidas e 2.394.513 de infectados segundo os números atualizados este domingo (26). 

Em abril, Bolsonaro foi denúnciado ao mesmo tribunal pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) pela alegação de que o chefe do Executivo praticou crime contra a humanidade ao incentivar ações que aumentam o risco de proliferação do novo coronavírus. Uma outra denúncia no mesmo sentido foi feita pelo PDT. Esta denúncia começou a ser avaliada pelo tribunal em junho. 

E em 2019, o presidente foi denunciado por um grupo de advogados e militantes de direitos humanos por "incitar o genocídio e promover ataques sistemáticos contra os povos indígenas do Brasil". 

O tribunal, que tem sede na Holanda, julga exclusivamente crimes como genocídios, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e crimes de agressão. 

Bolsonaro se tornou uma espécie de garoto propaganda hidroxicloroquina, medicamento sem eficácia contra a covid-19. Foto: Reprodução

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