As máscaras descartáveis já viraram o novo lixo dos oceanos em meio a pandemia do novo coronavírus. No Rio de Janeiro, descartar esse tipo de material está se tornando corriqueiro, assim como encontrá-las boiando nos mares ou jogadas pelas praias. Um banhista registrou máscaras descartáveis boiando na água.

O ambientalista Sérgio Ricardo Verde, membro-fundador do Movimento Baía Viva, cita que, apesar de as informações ambientais serem uma “caixa preta” no Rio, sabe-se que, pelo menos até a Olimpíada na cidade, em 2016, a quantidade de lixo flutuante era de 90 toneladas. No dia 30 de março, início da pandemia, o instituto fez uma denúncia aos Ministérios Públicos federal e estadual, gerando inquéritos sobre o risco da infecção nas estações de esgoto, pedindo um plano de contingência.

"A responsabilidade de tirar esse lixo do ambiente é da indústria, que tem que financiar a coleta seletiva, mas isso não acontece. Até hoje, 12 operários da Cedae morreram de Covid-19 e há centenas de infectados. Enquanto esse problema afeta os pobres, ninguém toma providência." disse o ambientalista.

A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) orienta que máscaras e luvas devem ser descartadas no lixo sanitário e no lixo comum. Elas devem estar depositadas de forma que garis não tenham contato direto com o material. Também vale lembrar que, se a pessoa estiver fora de casa, o ideal é guardar a máscara usada em um saco plástico, até que possa depositá-la no lixo de casa.

Foto: Reprodução

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