Uma brincadeira usando o “estupro” como tema acabou gerando a demissão de um professor de uma faculdade de medicina em Juazeiro do Norte, Ceará.

Durante uma aula remota, o docente disse: “Bora lá? Bora pra acabar logo, né? É aquela coisa: se estupro é inevitável, relaxa e goza para acabar logo”. A frase foi gravada pelos estudantes, que divulgaram o vídeo no momento em que o professor faz a declaração.

Um dos alunos que participavam da aula disse que todos ficaram surpresos com o professor, que chegou a complementar, rindo: “Quem escutou, escutou, quem não escutou, deixa pra lá”. Alguns alunos ficaram revoltados com a situação e reprovaram a atitude do homem.

A instituição lamentou o ocorrido e disse, em nota: “A faculdade lamenta o ocorrido e ressalta que atua na promoção de um ambiente acadêmico respeitoso e já entrou em contato com os alunos para prestar esclarecimentos. A direção informa que o docente não integra mais o quadro de colaboradores. A instituição permanece à disposição dos estudantes”, escreveu a Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte (FMJ).

O professor, que também é médico, também lançou nota para esclarecer e se desculpar pelo ocorrido. "Lamento profundamente pelo ocorrido. Utilizei uma frase extremamente infeliz. Ainda na aula percebi o erro e pedi desculpa. E entendendo a gravidade pedi demissão no dia seguinte. Aos meus alunos, à minha família, aos meus amigos e colegas de trabalho e a todos que tomaram conhecimento desse episódio, as minhas mais sinceras desculpas", escreveu Samir Samaan.

O docente se reuniu com os alunos após o incidente, pediu perdão e justificou que a frase era uma analogia a uma situação onde os estudantes tenham alguma “prova com muito conteúdo ou sequências de plantões”. "Peço desculpas pela forma que me expressei. Isso era uma brincadeira que a gente fazia na época da faculdade e não foi no sentido de falar em relação às mulheres, de forma alguma”, disse o professor universitário.

A Polícia Civil informou que não foi registrado ocorrência sobre o caso ou denuncia por apologia ao estupro.

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